Avaliação do tempo de armazenamento do borato de sódio na conservação de lesões tuberculosas

Autores

  • Flávia Morato Universidade de São Paulo
  • Cássia Yumi Ikuta Universidade de São Paulo
  • Amane Paldês Gonçales Universidade de Santo Amaro
  • Gisele Oliveira de Souza Universidade de São Paulo
  • Marcos Amaku Faculdade de Medicina
  • Adriana Cortez Universidade de Santo Amaro
  • Marcos Bryan Heinemann Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • José Soares Ferreira Neto Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3685

Palavras-chave:

Tuberculose bovina, Mycobacterium bovis, Conservante, Borato de sódio, Transporte.

Resumo

A conservação de espécimes durante o transporte entre abatedouros e laboratórios de diagnóstico define uma etapa crítica no diagnóstico definitivo da tuberculose bovina pelo isolamento de Mycobacterium bovis. Um estudo de duas fases foi delineado para verificar o tempo máximo de armazenamento que amostras teciduais podem ser mantidas em solução saturada de borato de sódio (SSB) com a mais alta detecção de isolados de M. bovis. Noventa hamsters foram inoculados com suspensão de M. bovis cepa AN5 por via intraperitoneal e, após 40 dias, submetidos à eutanásia humanitária. Os baços foram coletados, armazenados em SSB por quatro períodos distintos (30, 60, 90 e 120 dias) e incubados a duas temperaturas (27 e 37°C). O grupo controle foi cultivado no mesmo dia da eutanásia. Sessenta e nove amostras de lesões suspeitas de tuberculose foram coletadas em abatedouro e armazenadas em SSB por três períodos (30, 60 e 90 dias) a 27°C no laboratório. O grupo controle bovino foi cultivado no dia da entrada no laboratório. Ambos os experimentos foram analisados separadamente baseados na proporção de crescimento de isolados e no número de colônias. A SSB foi capaz de manter a maioria de M. bovis viáveis em altas temperaturas por até 30 dias. Houve um declínio progressivo nos outros períodos de armazenamento a 27°C, e não houve crescimento a partir de 60 dias a 37°C. Apesar da perda de viabilidade de M. bovis, a SSB é a escolha mais favorável para preservar as amostras durante o transporte em um grande país com alta variação de temperatura ambiente. A sensibilidade de detecção de M. bovis por exames bacteriológicos é inversamente proporcional ao tempo de armazenamento. Portanto, é recomendado que o armazenamento de amostras de lesões tuberculosas em SSB não exceda 30 dias a 27°C antes do cultivo.

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Biografia do Autor

Flávia Morato, Universidade de São Paulo

Pesquisador, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Cássia Yumi Ikuta, Universidade de São Paulo

Pesquisador, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Amane Paldês Gonçales, Universidade de Santo Amaro

Prof., Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Santo Amaro, UNISA, São Paulo, SP, Brasil.

Gisele Oliveira de Souza, Universidade de São Paulo

Pesquisador, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Amaku, Faculdade de Medicina

Prof., Faculdade de Medicina, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Adriana Cortez, Universidade de Santo Amaro

Prof., Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Santo Amaro, UNISA, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Bryan Heinemann, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Morato, F., Ikuta, C. Y., Gonçales, A. P., Souza, G. O. de, Amaku, M., Cortez, A., … Ferreira Neto, J. S. (2016). Avaliação do tempo de armazenamento do borato de sódio na conservação de lesões tuberculosas. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3685–3692. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3685

Edição

Seção

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