Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Estado de Minas Gerais, 2013

Autores

  • Jonata de Melo Barbieri Universidade Federal de Minas Gerais
  • Luciana Faria de Oliveira Instituto Mineiro de Agropecuária
  • Elaine Maria Seles Dorneles Universidade Federal de Lavras
  • Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota Universidade de Brasília
  • Vitor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília
  • Patrícia Prata Maluf Instituto Mineiro de Agropecuária
  • José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo
  • Fernando Ferreira Universidade de São Paulo
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo
  • Evelise Oliveira Telles Universidade de São Paulo
  • Jose Henrique Hildebrand Grisi-Filho Universidade de São Paulo
  • Marcos Bryan Heinemann Universidade de São Paulo
  • Marcos Amaku Universidade de São Paulo
  • Andrey Pereira Lage Departamento de Medicina Veterinária Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3531

Palavras-chave:

Brasil, Fatores de risco, Minas Gerais, Mycobacterium bovis, Prevalência.

Resumo

Foi realizado um estudo transversal para avaliar a situação epidemiológica da tuberculose bovina no estado de Minas Gerais em 2013. O Estado foi dividido em sete regiões e um número predefinido de fazendas foi amostrado aleatoriamente em cada região. Dentro de cada propriedade, fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses foram escolhidas aleatoriamente e submetidas ao Teste Tuberculínico Cervical Comparativo (CCTT). Os animais com resultados inconclusivos foram retestados com o mesmo procedimento diagnóstico após um intervalo mínimo de 60 dias. Um total de 31832 animais foram testados provenientes de 2182 propriedades. Um questionário epidemiológico foi aplicado em cada fazenda para identificar fatores de risco associados à tuberculose bovina. A prevalência de focos no estado foi de 4,25% (IC 95%: 3,36 – 5,15) e 0,56% (IC 95%: 0,46 - 0,66) de animais. Em relação a prevalência de rebanho com tuberculose bovina para cada estrato, as maiores prevalências foram observadas nas regiões Sul e Sudoeste (estrato 5) e Central (estrato 3), que foram significativamente diferentes das menores prevalências encontradas nas regiões Noroeste, Norte e Nordeste (estrato 1) e Leste (estrato 2). As maiores prevalências de animais observadas nas regiões Sul e Sudoeste (estrato 5), Zona da Mata (estrato 4) e Central (estrato 3) foram significativamente diferentes das menores encontradas nas regiões do Triângulo Mineiro (estrato 7), Noroeste, Norte, e Nordeste (estrato 1) e Leste (estrato 2). A presença de tuberculose bovina foi associada com a compra de animais de comerciantes de gado (OR = 2,59 [IC 95%: 1,28-5,20]), propriedades leiteiras tecnificadas (OR = 7,55 [IC 95%: 1,89% - 30,09%]) e propriedades leiteiras não-tecnificadas (OR [IC 95%: 1,06% - 12,04%] = 3,58), bem como com rebanhos com 30 ou mais fêmeas (OR = 1,97 [95% IC: 1,02-3,80]). Reações inespecíficas ao CCTT foram observadas em cerca de 95,07% (IC 95%: 94,05 – 96,09%) dos rebanhos. Portanto, o estado de Minas Gerais deve implementar sistemas de vigilância para a detecção e saneamento dos rebanhos infectados, de preferência incorporando elementos de vigilância com base no risco, considerando os resultados do presente estudo.

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Biografia do Autor

Jonata de Melo Barbieri, Universidade Federal de Minas Gerais

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Laboratório de Bacteriologia Aplicada, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Luciana Faria de Oliveira, Instituto Mineiro de Agropecuária

Coordenadora Estadual, Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal, Instituto Mineiro de Agropecuária, IMA, Belo Horizonte, MG, Pesquisadora, Escola de Veterinária, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Elaine Maria Seles Dorneles, Universidade Federal de Lavras

Profª, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG, Pesquisadora, Escola de Veterinária, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota, Universidade de Brasília

Médica Veterinária, Pesquisadora, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, UnB, Brasília, DF, Brasil.

Vitor Salvador Picão Gonçalves, Universidade de Brasília

Prof., Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, UNB, Brasília, DF, Brasil.

Patrícia Prata Maluf, Instituto Mineiro de Agropecuária

Coordenadora Estadual, Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal, Instituto Mineiro de Agropecuária, IMA, Belo Horizonte, MG, Pesquisadora, Escola de Veterinária, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Fernando Ferreira, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ricardo Augusto Dias, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Evelise Oliveira Telles, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Jose Henrique Hildebrand Grisi-Filho, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Bryan Heinemann, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Amaku, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, FMUSP/USP, São Paulo, Brasil.

Andrey Pereira Lage, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Escola de Veterinária, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Barbieri, J. de M., Oliveira, L. F. de, Dorneles, E. M. S., Mota, A. L. A. de A., Gonçalves, V. S. P., Maluf, P. P., … Lage, A. P. (2016). Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Estado de Minas Gerais, 2013. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3531–3548. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3531

Edição

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