Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Estado de Minas Gerais, 2013
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3531Palavras-chave:
Brasil, Fatores de risco, Minas Gerais, Mycobacterium bovis, Prevalência.Resumo
Foi realizado um estudo transversal para avaliar a situação epidemiológica da tuberculose bovina no estado de Minas Gerais em 2013. O Estado foi dividido em sete regiões e um número predefinido de fazendas foi amostrado aleatoriamente em cada região. Dentro de cada propriedade, fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses foram escolhidas aleatoriamente e submetidas ao Teste Tuberculínico Cervical Comparativo (CCTT). Os animais com resultados inconclusivos foram retestados com o mesmo procedimento diagnóstico após um intervalo mínimo de 60 dias. Um total de 31832 animais foram testados provenientes de 2182 propriedades. Um questionário epidemiológico foi aplicado em cada fazenda para identificar fatores de risco associados à tuberculose bovina. A prevalência de focos no estado foi de 4,25% (IC 95%: 3,36 – 5,15) e 0,56% (IC 95%: 0,46 - 0,66) de animais. Em relação a prevalência de rebanho com tuberculose bovina para cada estrato, as maiores prevalências foram observadas nas regiões Sul e Sudoeste (estrato 5) e Central (estrato 3), que foram significativamente diferentes das menores prevalências encontradas nas regiões Noroeste, Norte e Nordeste (estrato 1) e Leste (estrato 2). As maiores prevalências de animais observadas nas regiões Sul e Sudoeste (estrato 5), Zona da Mata (estrato 4) e Central (estrato 3) foram significativamente diferentes das menores encontradas nas regiões do Triângulo Mineiro (estrato 7), Noroeste, Norte, e Nordeste (estrato 1) e Leste (estrato 2). A presença de tuberculose bovina foi associada com a compra de animais de comerciantes de gado (OR = 2,59 [IC 95%: 1,28-5,20]), propriedades leiteiras tecnificadas (OR = 7,55 [IC 95%: 1,89% - 30,09%]) e propriedades leiteiras não-tecnificadas (OR [IC 95%: 1,06% - 12,04%] = 3,58), bem como com rebanhos com 30 ou mais fêmeas (OR = 1,97 [95% IC: 1,02-3,80]). Reações inespecíficas ao CCTT foram observadas em cerca de 95,07% (IC 95%: 94,05 – 96,09%) dos rebanhos. Portanto, o estado de Minas Gerais deve implementar sistemas de vigilância para a detecção e saneamento dos rebanhos infectados, de preferência incorporando elementos de vigilância com base no risco, considerando os resultados do presente estudo.Downloads
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