Prevalência e fatores de risco da tuberculose bovina no Estado de Santa Catarina

Autores

  • Flávio Pereira Veloso Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
  • Karina Diniz Baumgarten Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
  • Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária
  • Fernando Ferreira Universidade de São Paulo
  • José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo
  • José Henrique Hildebrand Grisi-Filho Universidade de São Paulo
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo
  • Marcos Amaku Universidade de São Paulo
  • Evelise Oliveira Telles Universidade de São Paulo
  • Vítor Salvador Picão Gonçalves Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3659

Palavras-chave:

Brasil, Fatores de risco, Prevalência, Santa Catarina, Tuberculose bovina.

Resumo

Com o objetivo de apoiar o planejamento estratégico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, diferentes estados brasileiros têm realizado estudos transversais coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio científico da Universidade de São Paulo e da Universidade de Brasília. Em Santa Catarina, em 2012, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC) realizou o estudo sobre a prevalência e fatores de risco para da tuberculose bovina (TB). O Estado foi dividido em cinco regiões e, em cada uma delas, foi realizada uma amostragem independente em duas etapas: (i) propriedades com atividade reprodutiva foram selecionadas aleatoriamente; (ii) em cada propriedade, uma amostra de fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses foi submetida ao teste tuberculínico intradérmico comparativo. Um questionário foi utilizado para recolher dados sobre as características de produção e práticas de gestão que poderiam estar associados com a infecção tuberculosa. A prevalência de focos de tuberculose bovina foi de 0,50% (95% intervalo de confiança [CI]: 0,074-0,93%), enquanto a prevalência de TB em animais foi de 0,06% (IC 95%: 0-0,12%). Não foi observada diferença significativa na prevalência de focos ou animais entre as cinco regiões. O modelo de regressão logística revelou que rebanhos com 19 ou mais vacas apresentaram um odds ratio (OR) de 7,68 (IC 95%: 1,22-48,39) em comparação com rebanhos menores, enquanto rebanhos leiteiros apresentaram um OR de CI 10,43 (95%: 2.00- 54,25) em relação aos rebanhos de corte ou de duplo propósito. Os resultados sugerem que os rebanhos leiteiros, em que os animais são mantidos em confinamento parcial ou total, e rebanhos maiores, que tendem a adquirir animais mais frequentemente, estão sob maior risco de tuberculose bovina. Dada a baixa prevalência e o tipo de propriedades sob maior risco, um sistema de vigilância para tuberculose bovina deve ser orientados para as bacias leiteiras do Estado, em especial a região oeste, onde encontram-se as principais indústrias e a maioria das explorações leiteiras intensivas.

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Biografia do Autor

Flávio Pereira Veloso, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina

Médico Veterinário, Discente de Doutorado em Saúde Animal, Universidade de Brasília, UnB, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, CIDASC, Florianópolis, Brasil.

Karina Diniz Baumgarten, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina

Médica Veterinária, Discente de Doutorado em Ciência, Universidade de São Paulo, USP. Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, CIDASC, Florianópolis, Brasil.

Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária

Médica Veterinária, Drª em Saúde Animal, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UnB, Brasília, Brasil.

Fernando Ferreira, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Henrique Hildebrand Grisi-Filho, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ricardo Augusto Dias, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Amaku, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Evelise Oliveira Telles, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Vítor Salvador Picão Gonçalves, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária

Prof., Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UnB, Brasília, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Veloso, F. P., Baumgarten, K. D., Mota, A. L. A. de A., Ferreira, F., Ferreira Neto, J. S., Grisi-Filho, J. H. H., … Gonçalves, V. S. P. (2016). Prevalência e fatores de risco da tuberculose bovina no Estado de Santa Catarina. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3659–3672. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3659

Edição

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