Interação genótipo x ano para tempo de cozimento e sua correlação com a massa e percentagem de embebição em soja tipo alimento
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2005v26n4p463Palavras-chave:
Glycine max, Consumo humano, Características tecnológicas, Variabilidade.Resumo
O Brasil é o segundo produtor mundial de soja (Glycine Max (L.) Merrill), sendo responsável por 26,8% da safra global. A soja possuí 40% de proteína e 20% de óleo. A soja é rica em isoflavonas, as quais atuam na prevenção de doenças crônicas degenerativas. Com o crescente uso da soja na alimentação humana, há necessidade de se estudar como o ambiente influencia nas características tecnológicas do grão. Muitos dos processos tecnológicos de industrialização da soja possuem como ponto inicial a hidratação e posterior cozimento da soja. O objetivo deste trabalho foi selecionar genótipos de soja para o consumo humano, através da determinação do tempo de cozimento e sua correlação com a massa e percentagem de embebição dos grãos, levando-se em consideração genótipo, ano agrícola e sua interação. Foram determinados os seguintes caracteres: massa de cem grãos, percentagem de embebição e tempo de cozimento. O tempo de cozimento foi determinado por meio da Máquina de Mattson adaptada. Foram encontradas diferenças significativas (p < 0,01) para todos os caracteres e para todas as fontes de variação. A interação Genótipo x Ano foi significativa (p < 0,01), indicando que os genótipos reagem diferentemente aos ambientes. Em relação à característica tempo de cozimento, para o Ano 1, os genótipos variaram de 24,59 a 57,07 minutos e no Ano 2 de 24,57 a 82,62 minutos. As linhagens puras mais promissoras para salada, aperitivos e “toffu” foram as LP 1, LP 5, LP 9, LP 12 e LP 18 por terem apresentado menor tempo de cozimento e grãos maiores nos dois anos avaliados. A linhagem pura mais promissora para “natto” e brotos foi a LP 20 por apresentar menor tamanho de grão e menor tempo de cozimento, em ambos os anos.
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