Os circuitos de trabalho indígena: possibilidades e desafios para acadêmicos e profissionais Kaingang na gestão das políticas públicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2014v19n2p129

Palavras-chave:

Educação superior indígena, Políticas afirmativas, Povos indígenas, Profissionais Kaingang

Resumo

A atuação de profissionais indígenas formados pelas universidades públicas brasileiras é um fenômeno recente, sendo o Paraná, desde 2002, pioneiro na implementação de ações dessa natureza. Resultado de pesquisas realizadas, esse trabalho intenciona refletir sobre as trajetórias dos acadêmicos indígenas e a emergência de profissionais Kaingang na constituição de novos circuitos de trabalho, voltados à gestão de políticas sociais. Essas trajetórias evidenciam o duplo pertencimento desses sujeitos e a assunção das contradições envoltas nesse processo.

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Biografia do Autor

Wagner Roberto do Amaral, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná -UFPR. Professor da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

Michelle Aparecida Rodrigues, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Especialização em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Jenifer Araujo Barroso Bilar, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Especialista em Comunicação Popular e Comunitária pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. 

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Publicado

2014-12-30

Como Citar

AMARAL, Wagner Roberto do; RODRIGUES, Michelle Aparecida; BARROSO BILAR, Jenifer Araujo. Os circuitos de trabalho indígena: possibilidades e desafios para acadêmicos e profissionais Kaingang na gestão das políticas públicas. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 19, n. 2, p. 129–145, 2014. DOI: 10.5433/2176-6665.2014v19n2p129. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/20701. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

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