¡Esto no es una autoetnografía!

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2022v27n3e46479

Palabras clave:

antropología, etnografía, autoetnografía, metodología

Resumen

Este artículo se basa en una investigación etnográfica que realicé en mis estudios de maestría y doctorado, entre lo que denominé “familiares-interlocutores”. Al participar en el proceso de intentos de publicación en revistas académicas, siempre surgía una pregunta cuando recibía las opiniones de mis piezas. Me cuestionaron sobre hacer una autoetnografía y me criticaron por no dialogar con autores del área. Pero, ¿cómo podría estar haciendo una autoetnografía si nunca dije que estaba en diálogo con el campo? ¿Cómo me inscribí en un territorio que yo (después de tanto leer) decía no ser el mío? Como yo y mi investigación, por por lo tanto, ¿estábamos siendo inscritos en un campo que no queríamos? Este artículo pretende discutir cómo la inscripción de ciertos cuerpos en ciertos lugares es parte del paternalismo académico hacia algunos antropólogos (principalmente negros e indígenas).

Biografía del autor/a

Ana Clara Damásio , Universidad de Brasília (UNB)

Máster en Antropología Social por la Universidad de Brasilia (2020). Estudiante de doctorado en el Programa de Posgrado en Antropología de la Universidad de Brasília.

Citas

ABU-LUGHOD, Lila. A escrita contra a cultura. Tradução de Francisco Cleiton Vieira Silva do Rego e Leandro Durazzo. Equatorial, Natal, v. 5, n. 8, p. 193-226, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/15615/12025. Acesso em: 10 nov. 2022.

ACHEBE, Chinua. Home and exile. Nova York: Anchor Books, 2000.

ADAMS, Tony; ELLIS, Carolyn; JONES, Stacy. Autoethnography: understanding qualitative research series. New York: Oxford University Press, 2015.

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ASAD, Talal. Anthropology and the colonial encounter. New York: Humanities Press, 1973.

BANIWA, Braulina. Mulheres e território: reflexão sobre o que afeta a vida das mulheres indígenas quando os direitos territoriais são ameaçados. Vukápanavo: Revista Terena, Campo Grande, v. 1, n. 1, p. 165-170, 2018.

BANIWA, Gersem. Os indígenas antropólogos: desafios e perspectivas. Novos Debates, Brasília, v. 2, n. 1, p. 233-243, 2015. Disponível em: http://abant2.hospedagemdesites.ws/novos_debates/wpcontent/uploads/2019/06/v2n1.pdf. Acesso em: 10 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.48006/2358-0097-2127

BOCHNER, Arthur. Composing ethnography: alternative forms of qualitative writing. Walnut Creek: AltaMira Press, 1996.

BOCHNER, Arthur; ELLIS, Carolyn. Autoethnography, personal narrative, reflexivity. In: DENZIN, Norman; LINCOLN, Yvonna (org.). Handbook of qualitative research. Thousand Oaks: Sage, 2000. p. 733-768.

BRASIL. Lei 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 30 set. 2012. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm. Acesso em: 10 nov. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 7, 25 abr. 2007. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6096.htm. Acesso em: 10 nov. 2022.

CARVALHO, José Jorge de; KIDOIALE, Makota; CARVALHO, Emílio Nolasco de; COSTA, Samira Lima da. Sofrimento psíquico na universidade, psicossociologia e encontro de saberes. Sociedade e Estado. Brasília, v. 35, n. 1, p. 135-162, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/yxrR4dMvNYmB3SZYTdZCVCQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202035010007

CARVALHO, José Jorge de; VIANNA, Letícia Costa Rodrigues. O Encontro de saberes nas universidades: uma síntese dos dez primeiros anos. Revista Mundaú, Maceió, n. 9, p. 23-49, 2020. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/revistamundau/article/view/11128. Acesso em: 10 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.28998/rm.2020.n.9.11128

CLIFFORD, James. Introduction: partial truths. In: CLIFFORD, James; MARCUS, George Emanuel (ed.). Writing culture: the poetics and politics of etnography. California: University of California Press, 1986a. p. 1-26. Disponível em: https://monoskop.org/images/c/ca/Clifford_James_Marcus_George_eds._Writing_Culture_Th e_Poetics_and_Politics_of_Ethnography_1986.pdf. Acesso em: 09 nov. 2022.

DAMÁSIO, Ana Clara Sousa. Etnografia em Casa: entre parentes e aproximações. Pós – Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Brasília, v. 16, v. 2, p. 1-32, 2021a. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/31646/31684. Acesso em: 11 nov. 2022.

DAMÁSIO, Ana Clara Sousa. Fazer-Família e Fazer-Antropologia uma etnografia sobre cair pra idade, tomar de conta e posicionalidades em Canto do Buriti-PI. 2020. 206 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2020. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11009#:~:text=S.-,Fazer%2DFam%C3%ADlia%20e%20Fazer%2DAntropologia%20uma%20etnografia%20sobre%20cair%20pra,de%20Goi%C3%A1s%2C%20Goi%C3%A2nia%2C%202020. Acesso em: 11 nov. 2022.

DAMÁSIO, Ana Clara Sousa. Olho de parente e o olho estranho: considerações etnográficas sobre viver, olhar, ouvir, escrever e permanecer. Novos Debates, Brasília v. 7, n. 1, e7103, 2021b. Disponível em: http://novosdebates.abant.org.br/wpcontent/uploads/2022/09/FO%CC%81RUM-Ana-Clara-Dama%CC%81sioDIAGRAMADO.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

DAMÁSIO, Ana Clara Sousa. Voltando para a origem: considerações sobre o campo entre parentes e os segredos de família. Revista Calundu, Brasília, v. 4, n. 2, p. 183-197, 2021c. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistacalundu/article/view/34576/28497. Acesso em: 11 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.34576

DESCARTES, René. Discurso do método. 10. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1999. DIAS, Luciana de Oliveria. Quase da família: corpos e campos marcados pelo racismo e pelo machismo. Humanidades & Inovações, Palmas, v. 6, n. 16, p. 8-12, 2019. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1823. Acesso em: 11 nov. 2022.

FIGUEIRÓ, Iêda. Do íntimo ao coletivo: figueira infinita em busca da plenitude ontológica. 2021. 181 f. Dissertações (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2021.

GAMA, Fabiene. A autoetnografia como método criativo: experimentações com a esclerose múltipla. Anuário Antropológico, Brasília, v. 45, n. 2, p. 188-208, 2020. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/33792/27363. Acesso em: 11 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.4000/aa.5872

GEERTZ, Clifford. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. In: GEERTZ, Clifford. A Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008. p. 3-21. Disponível em: https://monoskop.org/images/3/39/Geertz_Clifford_A_interpretacao_das_culturas.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

GOLDSCHMIDT, Walter. Anthropology and the coming crisis: an autoethnographic appraisal. American Anthropologist, Washington, v. 79, n. 2, p. 293-308, 1977. DOI: https://doi.org/10.1525/aa.1977.79.2.02a00060

GRIFFIN, Rachel Alicia. I am an angry black woman: Black feminist autoethnography, voice and resistance. Women’s Studies in Communication, Philadelphia, v. 35, n. 2, p. 138-157, 2012. DOI: https://doi.org/10.1080/07491409.2012.724524

HURSTON, Zora Neale. O que os editores brancos não publicarão. Ayé: Revista de Antropologia, Acarape, v. 1, n. 1, p. 106-111, 2019. Disponível em: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/Antropologia/article/view/288/141. Acesso em: 11 nov. 2022.

INGOLD, Tim. Sobre levar os outros a sério. In: INGOLD, Tim. Antropologia: para que serve?. Tradução Beatriz Silveira Castro Filgueiras. Petrópolis: Vozes, 2019. p. 7-19.

KILOMBA, Grada. Decolonizing Knowledge. [S. l.: s. n.], 2015. Disponível em: https://www.goethe.de/mmo/priv/15259714-STANDARD.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

KILOMBA, Grada. Dizendo o indizível: definindo o racismo. In: KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2020. p. 71-92. Disponível em: https://www.ufrb.edu.br/ppgcom/images/MEMORIAS_DA_PLANTACAO_-_EPISODIOS_DE_RAC_1_GRADA.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

LAPLANTINE, François. Introdução: o campo e a abordagem antropológicos. In: LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Editora Brasiliense, 1998. p. 13-33.

LEACH, Edmund. Sistemas políticos da Alta Birmânia. Tradução Geraldo Gerson de Souza, Antonio de Pádua Danesi e Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Edusp. 1996.

LEVI-STRAUSS, Claude. Introdução à obra de Marcel Mauss. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 11-46.

MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

MONCAU, Joana; PIMENTEL, Spensy. Abdias do Nascimento: um século de luta negra. [S. l.]: des Informémonos, 2010. Disponível em: https://desinformemonos.org/abdias-do-nascimentoum-seculo-de-luta-negra/. Acesso em: 11 nov. 2022.

MOORE, Henrietta. The future of anthropological knowledge. New York: Routledge, 1996.

NADER, Laura. Para cima, antropólogos: perspectivas ganhas em estudar os de cima. Revista Antropolítica, Niterói, n. 49, p. 328-356, 2020. DOI: https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.i49.a44427 DOI: https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.0i49.a44427

PEIRANO, Mariza. A antropologia como ciência social no Brasil. Etnográfica, Lisboa, v. 4, n. 2, p. 219-232, 2000. Disponível em: http://www.marizapeirano.com.br/artigos/antropologia_como_ciencia_social_no_brasil.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022. PEIRANO, Mariza. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 20, n. 42, p. 377-391, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-71832014000200015

PEREIRA, Luena Nascimento Nunes. Alteridade e raça entre África e Brasil: branquidade e descentramentos nas ciências sociais brasileiras. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 63, n. 2, e170727, 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/170727/163192. Acesso em: 11 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.170727

RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Eu Sou Atlântica. São Paulo: Instituto Kuanza, 2006. Disponível em: https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

REED-DANAHAY, Deborah. Introduction. In: REED-DANAHAY, Deborah. Auto/Ethnography: Rewriting the Self and the Social. New York: Berg, 1997.

VELHO, Gilberto. O patrão e as empregadas domésticas. Sociologia, Problemas e Práticas, Lisboa, n. 69, p. 13-30, 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/spp/780#text. Acesso em: 11 nov. 2022.

VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In: NUNES, Edson de Oliveira (org.). A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

VENANCIO, Vinícius; SILVA, Juliana Lima e. O Problema I: nada será como antes, amanhã: antropólogues negras/os movendo a antropologia brasileira. Novos Debates, Brasília, v. 7, n. 2, e7221, 2021. Disponível em: http://novosdebates.abant.org.br/wpcontent/uploads/2022/09/FORUM_o-problema_DIAGRAMADO.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.48006/2358-0097-7221

VERSIANI, Daniela. Autoetnografias: conceitos alternativos em construção. Rio de Janeiro: Letras, 2005.

Publicado

2022-12-20

Cómo citar

DAMÁSIO , Ana Clara. ¡Esto no es una autoetnografía!. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 27, n. 3, p. 1–14, 2022. DOI: 10.5433/2176-6665.2022v27n3e46479. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/46479. Acesso em: 23 jul. 2024.

Número

Sección

Dossier