For An Anthropology of The Senses of Death: Investigating the Sensitive Relationships Between the Living and the Dead in Thanatopraxy.

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n1e46971

Keywords:

death, living/dead, corpse, anthropology of the senses, thanatopraxia

Abstract

This article exposes a reflection on the living and the dead, focusing on thesensorial aspects of the relationship between them. Despite death being an oldtopic in anthropology, most studies in the disciplinefocus either on collectiverepresentations of thepost-mortemor on funeral rituals, leaving in the backgroundthe material condition of the dead, expressed by the presence of their corpse. Morethan a mere object of reflection and/or intervention, the corpse sensitizes those whotouch, look and smell it. Such relationsdo not occur outside the scope of culture:nowadays, death has become a matter of medicine, and the handling of corpseshas come to be carried out by qualified individuals. Thanatopraxy is one of themany services created to deal with the dead body. In order to deepen theunderstanding of the relationships between the living and the dead, an anthropologyof thesensesof deathis defended here, that is, an investigation of how the livingfeel the dead, with thanatopraxy as a prolific case of study.

 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Pedro Corrêa, Federal University of Sao Paulo (UNIFESP)

Master's degree in Social Sciences from the Federal University of São Paulo (2021), doctoral student in Social Sciences at the Federal University of São Paulo.

References

ARIÈS, Philippe. História da morte no ocidente. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.BATAILLE, Georges. A estrutura psicológica do fascismo. Remate de Males, Campinas, v. 41, n.1, p. 238-267, 2021. DOI: https://doi.org/10.20396/remate.v41i1.8664633

BATAILLE, Georges. O erotismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

BAUDRILLARD, Jean. A troca simbólica e a morte. São Paulo: Edições Loyola, 1996.

BLOY, Léon. Nas trevas. Campinas: Ecclesiae, 2017.

CABRAL, João Pina de. A morte na antropologia social. Análise Social, Lisboa, v. 20, n. 3-4, p. 349-356, 1984.

CASTRO, Mariana Ramos Neves de. A antropologia dos sentidos e a etnografia sensorial: dissonâncias, assonâncias e ressonâncias. Revista Antropologia, São Paulo, v. 64, n. 2, p. 1-20, 2021. DOI: https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2021.186657

CLASSEN, Constance. Foundations for an anthropology of the senses. Paris: Unesco, 1997.

CLASSEN, Constance. Worlds of sense: exploring the senses in history and across cultures. New York: Routledge, 1993.

CLASSEN, Constance; HOWES, David; SYNNOTT, Anthony. Aroma: a história cultural dos odores. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1996.

CUNHA, Manuela Carneiro da. Os mortos e os outros: uma análise do sistema funerário e da noção de pessoa entre os índios Krahó. São Paulo: Editora Hucitec, 1978.

DAMATTA, Roberto. A casa & a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

DAS, Veena. Vida e palavras: a violência e sua descida ao ordinário. São Paulo: Editora Unifesp, 2020.

DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva, 2014.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

FAVRET-SAADA, Jeane. “Ser afetado”. Cadernos de Campo, Araraquara, v. 13, n. 13, p. 155- 161, 2005. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v13i13p155-161

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.

FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

FREUD, Sigmund. Totem e tabu. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

GODELIER, Maurice. Introdução. In: GODELIER, Maurice (org.). Sobre a morte: invariantes culturais e práticas sociais. São Paulo: Edições Sesc, 2017. p. 9-43.

HARPER, Sheila. The social agency of dead bodies. Mortality, Oxfordshire, v. 15, n. 4, p. 308- 322, 2010. DOI: https://doi.org/10.1080/13576275.2010.513163 DOI: https://doi.org/10.1080/13576275.2010.513163

HERTZ, Robert. Sociologia religiosa e folclore. Petrópolis: Vozes, 2016.

HOWES, David. Charting the sensorial revolution. The senses and society, Oxfordshire, v. 1, n. 1, p. 113-128, 2016. DOI: https://doi.org/10.2752/174589206778055673

HOWES, David. Introduction: “to summon all the senses”. In: HOWES, David (org.). The varieties of sensory experience: a sourcebook in the anthropology of the senses. Toronto: University of Toronto Press, 1991a. p. 3-21

HOWES, David. On odour of the soul: spatial representation and olfactory classification in eastern Indonesia and western Melanesia. Bijdragen tot de Taal-, Land-en Wolkenkunde, New York, n. 1, p. 84-113, 1988. DOI: https://doi.org/10.1163/22134379-90003308

HOWES, David. Sensorial anthropology. In: HOWES, David (org.). The varieties of sensory experience: a sourcebook in the anthropology of the senses. Toronto: University of Toronto Press, 1991b. p. 167-191.

HOWES, David. The social life of senses. Ars Vivendi Journal, Quioto, n. 3, p. 4-23, 2013. LE BRETON, David. A sociologia do corpo. Petrópolis: Vozes, 2012.

LE BRETON, David. Antropologia dos sentidos. Petrópolis: Vozes, 2016.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Introdução à obra de Marcel Mauss. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2015. p. 9-44.

LÉVI-STRAUSS, Claude. O cru e o cozido. São Paulo: Cosac Naify, 2004. (Mitológicas v. 1).

LÉVI-STRAUSS, Claude. O suplício do Papai Noel. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Olhar escutar ver. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

MARTÍNEZ, Bárbara. La muerte como proceso: una perspectiva antropológica. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 9, p. 2861-2689, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900023

MATHIJSSEN, Brenda. The human corpse as aesthetic-therapeutic. Mortality, Oxfordshire, v. 28, n. 1, p. 37-53, 2021. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13576275.2021.1876009. Acesso em: 24 jan. 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/13576275.2021.1876009

MAUSS, Marcel. Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 2015a.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2015b.

MEDEIROS, Flavia. Matar o morto: uma etnografia do instituto médico-legal do Rio de Janeiro. Niterói: Eduff, 2016.

MEDEIROS, Flavia. Visão e o cheiro dos mortos: uma experiência etnográfica no instituto Médico-Legal. Cadernos de campo, Araraquara, v. 23, n. 23, p. 77-89, 2014. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v23i23p77-89

MERLEAU-PONTY, Maurice. De Mauss à Claude Lévi-Strauss. In: CHAUÍ, Marilena (org.). Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984. p. 193-206.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2018.

MORIN, Edgar. O homem e a morte. Lisboa: Publicações Europa-América, 1997.

NEVES, Marcos. Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia. Revista Antropolítica, Rio de Janeiro, n. 40, p. 206-229, 2016. DOI: https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.1i40.a438

NEVES, Marcos; DAMO, Arlei. Dinheiro, emoção e agência: uma etnografia no mercado funerário de Porto Alegre. Mana, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-93132016v22n1p007 DOI: https://doi.org/10.1590/0104-93132016v22n1p007

RADCLIFFE-BROWN, Alfred Reginald. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes, 1973.

REIS, Giulia. Vivos que trabalham com mortos. Porto Alegre: Humanista, 2019. Disponível em: https://www.ufrgs.br/humanista/2019/07/11/sextante-vivos-que-trabalham-com-mortos/. Acesso em: 12 set. 2022.

RODRIGUES, José Carlos. Tabu da morte. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006a. DOI: https://doi.org/10.7476/9788575413722

RODRIGUES, José Carlos. Tabu do corpo. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006b. DOI: https://doi.org/10.7476/9788575413739

SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito. In: BOTELHO, André (org.). Essencial sociologia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 311-329.

TESTONI, Ines; ZIELO, Alessia; SCHIAVO, Chiara; IACONA, Erica. The last glance: how aesthetic observations of corpse facilitates detachment in grief work. Illness, Crisis and Loss, Thousand Oaks, v. 30, n. 3, p. 336-352, 2020. DOI: https://doi.org/10.1177/1054137320933592 DOI: https://doi.org/10.1177/1054137320933592

THOMAS, Louis-Vicent. El cadáver: De la biologia a la antropología. México: Fondo de Cultura Económica, 1989.

THOMAS, Louis-Vicent. La muerte: Una lectura cultural. Espanha: Paldós, 1991.

VON DER WEID, Olivia. Provincializar a visão: esboços para uma abordagem metodológica. Revista Teoria e Cultura, Juiz de Fora, v. 11, n. 3, p. 131-144, 2017.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

Published

2023-04-10

How to Cite

CORRÊA, Pedro. For An Anthropology of The Senses of Death: Investigating the Sensitive Relationships Between the Living and the Dead in Thanatopraxy. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 28, n. 1, p. 1–19, 2023. DOI: 10.5433/2176-6665.2023v28n1e46971. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/46971. Acesso em: 21 nov. 2024.

Issue

Section

Dossier

Funding data