Making Family and Ethnography Among Brother-in-Arms

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2022v27n3e46391

Keywords:

Etnography, Prision, Criminal police, kinship, relational place

Abstract

This article discusses the plot of doing research among “brothers in uniform”. I approach the complexity of doing ethnography in prisons in the dual condition of ethnographer and criminal police officer, but also in the flows of relationships between the inside and outside of these institutions and between the face-to-face and the virtual. The analysis of this plot emerges from the unique way of researching prisons in which, at the same time, I am an ethnographer, object and subject of research, involved to the core in the prison scene. In this scenario, the production of kinship relations, which extend from the face-to-face to the virtual, has the uniform as a primordial element in the constitution of complicity, intimacy and political alignment, elements glimpsed in terms of solidarity and support networks in the face of difficult conditions of life and work in Ceará prisons.

Author Biography

Francisco Elionardo de Melo Nascimento, Ceará State University (UECE)

PhD in Sociology from the State University of Ceará (2021). Professor at Faculdade Ieducare at Centro Universitário Uninta, criminal police officer at the Secretariat of Penitentiary Administration of Ceará and researcher at the Laboratory for the Study of Conflict and Violence.

References

BARBOSA, Antonio Rafael. Prender e dar fuga biopolítica, sistema penitenciário e tráfico de drogas no Rio de Janeiro. 2005. 546 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 2005.

BELELI, Iara; MISKOLCI, Richard. Apresentação. Cadernos Pagu, Campinas, n. 44, p. 7-11, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8637315/5031. Acesso em: 08 nov. 2022.

BESTARD, Joan. Parentesco y modernidad. Buenos Aires: Paidós, 1998.

BIONDI, Karina. Junto e misturado: uma etnografia do PCC. São Paulo: Terceiro Nome, 2010.

BORNEMAN, John. Cuidar y ser cuidado: el desplazamiento del matrimonio, el parentesco, el género y la sexualidad. Revista Internacional de Ciencias Sociales, Paris, n. 154, 1997.

BOURDIEU, Pierre. Espíritu de familia. In: NEUFELD, María Rosa (comp.). Antropología social y política: hegemonía y poder: el mundo en movimiento. Buenos Aires: Editorial Eudeba, 1994. p. 57-64.

BRASIL. Emenda Constitucional nº 104, de 4 de dezembro de 2019. Altera o inciso XIV do caput do art. 21, o § 4º do art. 32 e o art. 144 da Constituição Federal, para criar as polícias penais federal, estaduais e distrital. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 235, p. 2, 5 dez. 2019. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc104.htm. Acesso em: 8 nov. 2022.

CARSTEN, Janet. After kinship. New York: Cambridge University Press, 2004. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511800382

CEARÁ. Instrução normativa SAP nº03, de 21 de maio de 2020. Estabelece e padroniza normas e procedimentos operacionais do sistema penitenciário do Estado do Ceará. Diário Oficial do Estado [do Ceará]: Poder executivo, Ceará, ano 12, n. 103, p. 7-13, 21 maio 2020. Disponível em: http://imagens.seplag.ce.gov.br/PDF/20200521/do20200521p01.pdf. Acesso em: 8 nov. 2022.

CEARÁ. Secretaria da Justiça e Cidadania. Portaria nº 0240, de 24 de agosto de 2010. O Secretário da Justiça e Cidadania do Ceará, Respondendo, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pelo art. 44, da Lei nº13.875, de 07 de fevereiro de 2007 e tendo em vista o que consta do Processo do Sistema de Protocolo Único nº09533848-9; Considerando a necessidade de regulamentar as ações desenvolvidas no âmbito do Sistema Penitenciário cearense, para o pleno desempenho das atividades das Unidades Prisionais, adequando-se as diretrizes estabelecidas na Lei de Execuções Penais [...]. Diário Oficial do Estado [do Ceará]: Departamento Estadual de Trânsito, Ceará, ano 3, n. 159, p. 63-74, 24 ago. 2010. Disponível em: http://imagens.seplag.ce.gov.br/PDF/20100824/do20100824p02.pdf. Acesso em: 8 nov. 2022.

FELTRAN, Gabriel. Irmãos: uma história do PCC. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

GODOI, Rafael. Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos tempos. São Paulo: Boitempo, 2017.

GREGORI, Maria Filomena. Viração: experiência de meninos nas ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

LÉVI-STRAUSS, Claude. La familia. In: VELAZCO, Honorio (org.). Lecturas de antropología social y cultural: la cultura y las culturas. Madrid: Uned, 1996. p. 295-318.

LOPES, Rosalice. Atualidades do discurso disciplinar: a representação da disciplina e do disciplinar na fala dos agentes de segurança penitenciária. 1998. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

LOURENÇO, Arlindo da Silva. O espaço de vida do agente de segurança penitenciária no cárcere: entre gaiolas, ratoeiras e aquários. Curitiba: Juruá Editora, 2011.

LOURENÇO, Luiz Claudio; ALVAREZ, Marcos César. Estudos sobre prisão: um balanço de estado da arte nas ciências sociais nos últimos vinte anos no Brasil (1997-2017). BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, São Paulo, n. 84, v. 2, p. 216- 236, 2017. Disponível em: https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/441/419. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.17666/bib8407/2018

MARCUS, George Emanuel. Ethnography in/of the world system: the emergence of mult-sited ethnography. Annual Review of Anthropology, Palo Alto, v. 24, p. 95-117, 1995. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/pdf/10.1146/annurev.an.24.100195.000523. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.1146/annurev.an.24.100195.000523

MONTEIRO, Letícia Chaves. Tornar-se Agente Penitenciário: entre os significados, a vulnerabilidade e o poder. 2018. 291 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28836/1/Tese%20de%20Doutorado.pdf. Acesso em: 9 nov. 2022.

MORAES, Pedro Bodê. Punição, encarceramento e construção de identidade profissional entre agentes penitenciários. São Paulo: IBCCRIM, 2005.

MORAES, Pedro Rodolfo Bodê de. A identidade e o papel de agentes penitenciários. Tempo Social: Revista de Sociologia da USP, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 131-147, 2013. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/69036/71485. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20702013000100007

NASCIMENTO, Francisco Elionardo de Melo. De carcereiro a policial penal: entre nomenclaturas, imagem social e atribuições. Dilemas - Revista de Estudos de Conflitos e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 883-910, 2022a. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/46146/29682. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.4322/dilemas.v15n3.46146

NASCIMENTO, Francisco Elionardo de Melo. Fronteiras de guerra: gestão da vida e processos de Estado nas fronteiras entre policiais penais e presos. 2021. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2021.

NASCIMENTO, Francisco Elionardo de Melo. Pesquisa e trabalho no cárcere: desafios da pesquisa e do trabalho dos agentes penitenciários na prisão. Vivência: Revista de Antropologia, Lagoa Nova, v. 1, n. 51, p. 193-214, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/17181/11321. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.21680/2238-6009.2018v1n51ID17181

NASCIMENTO, Francisco Elionardo de Melo. Travestilidades aprisionadas: narrativas de experiências de travestis em cumprimento de pena no Ceará. São Paulo: Dialética, 2022b. DOI: https://doi.org/10.48021/978-65-252-4800-4

NASCIMENTO, Francisco Elionardo de Melo; SIQUEIRA, Ítalo Barbosa Lima. Dinâmicas faccionais e políticas estatais entre o dentro e fora das prisões do Ceará. Tomo, São Cristóvão, n. 40, p. 123-164, 2022. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/tomo/article/view/15657/12475. Acesso em: 9 nov. 2022.

OLIVEIRA, María José Sarrabayrouse. Formas de acceso y reclutamiento en el poder judicial: Familia judicial y espacios de sociabilidade. In: ZIEGLER, Sandra; GESSAGHI, Victoria; VILLA, Alicia; LUCI, Florencia; FUENTES, Sebastián; Di PIERO, Emilia. 2ª Reunión Internacional sobre Formación de las Elites: enfoques y avances de investigación en el estudio relacional de las desigualdades. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Flacso Argentina, 2015, p. 171-183. Disponível em: https://www.ecys.flacso.org.ar/_files/ugd/06771a_47ca38a3bfd74fda8bf20c12102e77c6.pdf. Acesso em: 09 nov. 2022.

PADOVANI, Natália Corazza. Sobre casos e casamentos: afetos e “amores” através de penitenciárias femininas em São Paulo e Barcelona. São Carlos: Edufscar, 2018.

PADOVANI, Natália Corazza; HASSELBERG, Ines; BOE, Carolina Sanchez. Engajamentos antropológicos com a prisão: perspectivas de gênero. Cadernos Pagu, Campinas, n. 55, e195500, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cpa/a/4mmCQmk3DQcyzFjz3wN8N6G/?lang=pt. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201900550000

PAIVA, Luiz Fábio Silva. “Aqui não tem gangue, tem facção”: as transformações sociais do crime em Fortaleza. Caderno CRH, Salvador, v. 32, n. 85, p. 165-184, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/26375/19057. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.9771/ccrh.v32i85.26375

RIBEIRO, Aline. Suicídios, homicídios e problemas psiquiátricos: a crise dos policiais penais do Ceará. O Globo, Rio de Janeiro, 18 jan. 2022. Segurança Pública. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/suicidios-homicidio-problemas-psiquiatricos-crise-dos-agentes-penitenciarios-do-ceara-25358512. Acesso em: 9 nov. 2022.

RIBEIRO, Ludmila Mendonça Lopes; OLIVEIRA, Victor Neiva e; CREPALDE, Neylson; BASTOS, Luiza Meira; MAIA, Yolanda Campos. Agentes penitenciários aprisionados em suas redes? Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 34, n. 101, p. 1-24, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/gWsPV89TYMVQgmYnsFfpCLj/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/3410115/2019

SABAINI, Raphael Tadeu. Agentes penitenciários de Itirapina, SP: identidade e hierarquia. Ponta Urbe - Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, São Paulo, n. 5, p. 1-13, 2009. Disponível em: https://journals.openedition.org/pontourbe/1495?lang=en. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.4000/pontourbe.1495

SILVA, Adriana Rezende Faria Taets. Pesquisando agentes penitenciárias: o dentro e o fora como pontos de partida para construção de identidades. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 34., 2010, Caxambu. Anais [...]. Caxambu: ANPOCS, 2010.

SILVA, Anderson Morais Castro e. Participo que... Desvelando a punição intramuros. Rio de Janeiro: Publit, 2011.

SIRIMARCO, Mariana. A “família policial”: vinculações e implicações entre relato e instituição. Mana, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 559-580, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/LCwvSGGbBZ3CShgfhnfgdZP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 9 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132013000300006

VASCONCELOS, Ana Silvia Furtado. A saúde sob custódia: um estudo sobre agentes de segurança penitenciária no Rio de Janeiro. 2000. 66 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2000. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/5181/ve_Ana_S%c3%adlvia_ENSP_2000?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 9 nov. 2022.

Published

2022-12-20

How to Cite

NASCIMENTO, Francisco Elionardo de Melo. Making Family and Ethnography Among Brother-in-Arms. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 27, n. 3, p. 1–19, 2022. DOI: 10.5433/2176-6665.2022v27n3e46391. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/46391. Acesso em: 23 jul. 2024.

Issue

Section

Dossier