Habitar a diáspora: o direito à moradia como prática de pertencimento e expressão identitária afrodiaspórica
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2025v30e53387Palavras-chave:
diáspora africana, direito à moradia, pertencimento, territorialidade, identidade culturalResumo
Este artigo analisa o direito à moradia a partir das experiências afrodiaspóricas no contexto urbano, compreendendo o habitar como uma prática cultural, política e afetiva de afirmação identitária. Fundamentado em pesquisa bibliográfica e abordagem indutiva, o estudo articula perspectivas dos estudos afrodiaspóricos, da geografia crítica e do direito à cidade para discutir como comunidades negras constroem territorialidades insurgentes frente ao racismo estrutural e à exclusão urbana. Argumenta-se que o direito à moradia, para além de sua dimensão legal e infraestrutural, configura-se como expressão do direito à diferença, à memória e à produção simbólica do espaço. Ao propor o conceito de “direito diaspórico à cidade”, o artigo evidencia o habitar como gesto de pertencimento, resistência e criação de futuros possíveis.
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