Legibilidade e gestão da saúde: notas etnográficas sobre o comitê municipal de mortalidade por AIDS de Porto Alegre

Lizandro Lui; Andrea Fachel Leal

doi:10.5433/2176-6665.2018v23n3p354

Autores

Lizandro Lui Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS https://orcid.org/0000-0002-9276-247X
Andrea Fachel Leal Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS http://orcid.org/0000-0003-1947-9579

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2018v23n3p354

Palavras-chave:

Legibilidade, Comitê de mortalidade por AIDS, Políticas públicas

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir o funcionamento do primeiro Comitê de Mortalidade por AIDS do Brasil com base principalmente no conceito de legibilidade de Scott. A partir de observações de cunho etnográfico e entrevistas em profundidade com os membros do Comitê, realizadas em 2014-15, discutese os processos de governança e de formulação de políticas públicas no espaço institucional recém-criado do Comitê. Os membros do Comitê, em relações que podem ser de colaboração ou de divergência, lançam mão de diferentes ferramentas para mapear e documentar os processos que resultaram num óbito considerado por todos evitável e precoce de pessoas que vivem com AIDS em Porto Alegre (RS). A trajetória, tornada legível, dos pacientes que estão às margens do Estado permite a formulação de recomendações do Comitê sobre o funcionamento dos serviços de saúde, mas não asseguram sugestões de ações mais imediatas e diretas sobre as condições sociais que engendram a situação marginal daqueles que morreram.

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Biografia do Autor

Lizandro Lui, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Professor da Fundação Getúlio Vargas - FGV.

Andrea Fachel Leal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

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