Teseu, o labirinto e seu nome: sobre o lugar de enunciação às literaturas africanas contemporâneas

Autores

  • Alcione Correa Alves Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31613

Palavras-chave:

literaturas africanas contemporâneas, francofonia, metafísica da presença

Resumo

partindo da análise do texto de Nimrod "La nouvelle chose française: pour une littérature décolonisée", na obra coletiva Pour une littérature-monde (2007), assim como da leitura que Léopold Sédar Senghor propõe ao Orphée noir, de Jean-Paul Sartre, este artigo investiga a clivagem entre as noções de literatura francesa e literaturas francófonas, centrando-se sobre os fatores que, segundo este autor, condicionam a recepção da obra literária francófona pelo milieu literário francês. Advoga-se, como hipótese, que da referida clivagem decorre um prejuízo às literaturas francófonas porque compreendidas como 'Outro' da literatura francesa. A hipótese será desenvolvida através do que Jonathan Culler (1997) denomina metafísica da diferença, circunscrevendo, nestes termos, a contribuição de Nimrod ao debate acerca das literaturas francófonas contemporâneas.

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Biografia do Autor

Alcione Correa Alves, Universidade Federal do Piauí

Professora adjunta I na Universidade Federal do Piauí.

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Publicado

2014-05-30

Como Citar

Alves, A. C. (2014). Teseu, o labirinto e seu nome: sobre o lugar de enunciação às literaturas africanas contemporâneas. Boitatá, 9(17), 102–116. https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31613

Edição

Seção

Dossiê

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