Reminiscência de uma brincadeira: as cantigas de roda como cantos de trabalho e de lazer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2015v10.e31487

Palavras-chave:

Permanência, Reminiscência, Cantigas, Brincadeira,

Resumo

Este artigo apresenta reflexões de uma pesquisa que pretende analisar as reminiscências da arte de cantar versos por um grupo de pessoas da comunidade rural de Monte Alegre, Rio Real, Bahia. Embora não tenham visibilidade e parecerem ter desaparecido da prática cotidiana, as cantigas permanecem na memória. Interessa pesquisar os sentidos dessa atividade para a comunidade no passado e as transformações de sentido para esse mesmo grupo social na contemporaneidade. Buscamos, com isso, investigar o porquê da permanência dessas cantigas na memória dos moradores mais velhos dessa comunidade. Assim, pretendemos analisar as formas de produção desses textos de cultura (cantigas e narrativas) para compreender suas atualizações e sentidos. Consideradas pelos moradores do povoado como uma brincadeira, as cantigas de roda marcam uma época e situação social daquela localidade, pois, segundo os relatos, era uma prática constante nas festas juninas.

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Biografia do Autor

Edil Silva Costa, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professora do programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural (Pós-Crítica/UNEB)

Eliane Bispo de Almeida Souza, Universidade do Estado da Bahia

Mestranda em Crítica Cultural – UNEB/Campus II. Especialista em Docência do Ensino Superior pela FACCEBA. Graduada em Letras Vernáculas pela UNEB

Referências

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Publicado

2015-10-29

Como Citar

Costa, E. S., & Souza, E. B. de A. (2015). Reminiscência de uma brincadeira: as cantigas de roda como cantos de trabalho e de lazer. Boitatá, 10(20), 233–246. https://doi.org/10.5433/boitata.2015v10.e31487

Edição

Seção

Seção Livre