Vozes infantis: concepções de crianças da educação infantil acerca do envelhecimento humano e da pessoa idosa
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2015v10.e31477Palavras-chave:
Educação, Educação Infantil, Envelhecimento humano, Pesquisa com Crianças, Sociologia da Infância,Resumo
Neste texto temos por objetivo investigar qual a concepção de crianças entre quatro e cinco anos de idade, matriculadas numa instituição de Ensino do município de Marília, acerca da pessoa idosa e do envelhecimento humano. Para tanto, fizemos uso da pesquisa bibliográfica e do Estudo de Caso. Para a coleta de dados fizemos uso da Literatura Infantil, por meio da “Hora do Conto”, com o objetivo de colher relatos de crianças acerca de suas concepções sobre o envelhecimento humano. Após os procedimentos relatados acima, analisamos o material coletado à luz do referencial bibliográfico pertinente à temática com o intuito de relacionar as realidades encontradas com o material bibliográfico a fim de enriquecer, contribuir e acrescentar algo de relevância a essa temática, para que as propostas pedagógicas das escolas de educação infantil sejam repensadas. Os resultados indicam que a temática do envelhecimento humano não recebe tratamento adequado por parte das sociedades e, por extensão, da escola. Necessário se faz pensar na elaboração de currículos escolares que trabalhem adequadamente com a temática do envelhecimento humano desde a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica. É por meio do contato com a temática que a criança poderá ter diferentes concepções acerca da pessoa idosa e do envelhecimento humano. A escola também tem a função de suscitar ideias e valores positivos a respeito da velhice, apresentando diferentes construções, reflexões, quebra de preconceitos e trocas intergeracionais.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira de Referências (NBR 6023). Rio de Janeiro, 2002.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flaksrnan. Rio de janeiro: LTC, 2006.
BARROS, M.M.L. Velhice ou terceira idade?. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
BEAUVOIR, S. A velhice: a realidade incômoda. Tradução de Heloysa de Lima Dantas. Rio de Janeiro: Difel, 1976.
BOSI, E. Memória e sociedade. Companhia das Letras, 2010.
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília: Câmera dos Deputados. 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 20/2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/CNE, Brasília, 2009.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Vol. 3.
BRUNS, M. A. T. O desejo tem idade?. In: BRUNS, M.A.T; DEL MASSO, M.C.S (Orgs.). Envelhecimento humano: diferentes perspectivas. São Paulo: Alínea, 2007. p. 24-33.
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. Tradução de Marcos Vinicius Mazzari. São Paulo: Summus, 1984.
CAMBI, F. A história da pedagogia. Tradução de Àlvaro Lorencini. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
CARVALHO, C. B. Concepções e representações de envelhecimento e sujeito idoso: uma contribuição para o ensino mediante conhecimentos favoráveis à inserção social. 2004. 183f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2004.
CARVALHO, C. B; HORIGUELA, M. L. M. Inserção social de idosos a partir da escolarização básica. In: BRUNS, M.A.T; DEL MASSO, M.C.S (Orgs.). Envelhecimento humano: diferentes perspectivas. São Paulo: Alínea, 2007. p. 121-141.
CORDEIRO, A.P. Oficina de teatro da UNATI UNESP Marília: A arte e o lúdico como elementos libertadores dos processos de criação da pessoa idosa. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista Marília, 2003
CORSARO. W. A. Sociologia da infância. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DEBERT, G. A construção do e a reconstrução da velhice: classe social e etnicidade. In: A.L. NERI e G.G. DEBERT (Orgs.). Velhice e sociedade. Campinas: Papirus. 1999.
DEMARTINI, Z. Infância, pesquisa e relatos orais. In: FARIA, A. L. G.; DEMARTINI, Z. de B. F.; PRADO, P. D. (Orgs.). Por uma cultura da infância: metodologias de pesquisa com crianças. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2009. p. 1-17.
FOX, M. Guilherme Augusto Araújo Fernandes. São Paulo: Brinque-book, 1995.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico do Brasil 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
KRAMER, S. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Achiamé, 2003.
MAZUTTI, C. SCORTEGAGNA, M. H. Velhice e envelhecimento humano: concepções de préescolares do município de Tapejara – RS. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, p.101-112, 2006.
QUEIROZ, M. Relatos orais. In: VON SIMON, O.M. (Org.). Experimentos com História de Vida. São Paulo: Vértice, 1988.
QUINTEIRO, J. Infância e Educação no Brasil: Um campo em construção. In: FARIA, A. L. G.; DEMARTINI, Z. de B. F.; PRADO, P. D. (Org.). Por uma cultura da infância: metodologias de pesquisa com crianças. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2009. p.19-48.
OLIVEIRA, Z.R. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
SALZEDAS, P. L.; BRUNS, M. A. T. O corpo em transformação: a silenciosa passagem pelo tempo. In: BRUNS, M. A.T; DEL MASSO, M. C. S. (Orgs.). Envelhecimento humano: diferentes perspectivas. São Paulo: Alínea, 2007. p. 13-22.
SARMENTO, Manuel Jacinto; PINTO, Manuel. As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In: PINTO, Manuel; SARMENTO, Manuel Jacinto (Orgs.). As crianças: contextos e identidades. Portugal, Centro de Estudos da Criança: Editora Bezerra, 1997.
SETÚBAL, M. F. O. A função social da escola frente ao processo de envelhecimento da população. Arquivos de Geriatria e Gerontologia, p. 63-64, maio 1996.
WILD, M; HUXLEY, D. Lembra de mim. São Paulo: Brinque-book, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Francisane Nayare de Oliveira Maia, Ana Paula Cordeiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Boitatá esta licenciada com CC BY sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.