Lições de masculinidade nos contos de José Rezende Júnior
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2021v40p102Palabras clave:
Literatura brasileira, Masculinidades, José Rezende JrResumen
A proposta desse artigo é focalizar, em contos brasileiros contemporâneos, duas questões conectadas às masculinidades: a violência sexual e as práticas conjugais em um relacionamento heterossexual. Os contos selecionados são “Maria de Lurdes não queria ser estuprada” e “A educação sexual do homem das cavernas”, ambos escritos e publicados há menos de vinte anos pelo ficcionista José Rezende Júnior. A abordagem baseia-se na articulação entre os comportamentos descritos de personagens masculinas e os aprendizados dos homens em seus processos de educação e de construção social. Nessa aproximação, há ênfase em contribuições realizadas em diversas áreas do conhecimento que escolhem as masculinidades como objeto de estudo. Ao mesmo tempo, essa pesquisa tenta verificar os nexos entre os perfis masculinos das personagens e as práticas contemporâneas marcadas pela coexistência de padrões tradicionais com novos arranjos de relações de gênero. Alguns desafios permanecem como possibilidades de investigação: de que modo a literatura recente pode estimular o surgimento de figuras masculinas mais identificadas com a mudança? e o peso dessas lições de masculinidade pode levar a permitir ou inibir manifestações de ruptura com esse aprendizado?Descargas
Citas
BAUBÉROT, Arnaud. Não se nasce viril, torna-se viril. In: COURTINE, Jean-Jacques (org.). História da virilidade. Tradução Noéli C. de Melo; Thiago A. L. Florêncio. Petrópolis: Vozes, 2013. v. 3 (a virilidade em crise?).
BOLA, J. J. Seja homem: a masculinidade desmascarada. Tradução Rafael Spuldar. Porto Alegre: Dublinense, 2020.
CONNELL, R. W. Masculinities. 2nd ed. Berkeley: University of California Press, 2005.
CONNELL, R. W. The men and the boys. Oxford: Blackwell, 2000.
HAROCHE, Claudine. Antropologias da virilidade: o medo da impotência. In: COURTINE, Jean-Jacques (org.). História da virilidade. Tradução Noéli C. de Melo e Thiago A. L. Florêncio. Petrópolis: Vozes, 2013. v. 3 (a virilidade em crise?).
hooks, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. 4. ed.
Tradução Ana L. Libânio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.
MACHADO, Lia Zanotta. Masculinidades e violências: gênero e mal-estar na sociedade contemporânea. In: SCHPUN, Mônica Raisa (org.). Masculinidades. São Paulo: Boitempo; Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004.
MUSZKAT, Malvina E. O homem subjugado: o dilema das masculinidades no mundo contemporâneo. São Paulo: Summus, 2018.
NOLASCO, Sócrates. A desconstrução do masculino: uma contribuição crítica à análise de gênero. In: NOLASCO, Sócrates (org.). A desconstrução do masculino. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
REZENDE JÚNIOR, José. Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras estórias de amor). Rio de Janeiro: 7Letras, 2010.
REZENDE JÚNIOR, José. Os vivos e os mortos. Rio de Janeiro: 7Letras, 2016.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, siendo la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-No Comercial 4.0 Internacional, permitiendo la compartición de la obra con reconocimiento de la autoría de la obra y publicación inicial en este periódico académico.
b) Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. diario.
c) Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Ver Efecto del Acceso Abierto).
d) Los autores de los trabajos aprobados autorizan a la revista para que, luego de la publicación, transfiera su contenido para su reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los autores asumen que los textos sometidos a publicación son de su creación original, asumiendo total responsabilidad por su contenido en caso de objeción por parte de terceros.