O neofantástico na narrativa de Sinara Foss: análise do conto “Fotossíntese”
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2024vol44n2p69Palavras-chave:
neofantástico, ecofeminismo, Fotossíntese, Sinara FossResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar o conto “Fotossíntese”, da autora Sinara Foss, presente na obra Fotossíntese e outros processos de sobrevivência (2023), a fim de compreender as transformações do gênero fantástico na contemporaneidade. Para tanto, faremos um percurso por uma das teorias clássicas do fantástico, a de Tzvetan Todorov, tendo em vista a sua obra Introdução à literatura fantástica (2017), em que evidencia a hesitação como condição necessária para que o efeito fantástico seja instaurado na narrativa. A seguir, discutiremos a teoria de Jaime Alazraki, sobre o neofantástico, já pertencente ao “fantástico contemporâneo”, desenvolvida em “¿Qué es lo neofantástico?” (1990), que contrapõe a teoria todoroviana ao afirmar que o texto fantástico não causa hesitação, mas se caracteriza pela visão, a intenção e o modus operandi. Além de compararmos as duas teorias, visando assinalar as transformações do fantástico na contemporaneidade, também comentaremos sobre o ecofeminismo, a partir das considerações de Maria Mies e Vandana Shiva (1993) e de Émilien Vilas Boas Reis e Vanessa Lemgruber (2020). A metodologia deste artigo consiste no estudo da teoria da literatura fantástica e em análise literária.
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Referências
ALAZRAKI, Jaime. ¿Qué es lo neofantástico? Mester, Los Angeles, v. 19, n. 2, p. 21-33, 1990. Disponível em: https://escholarship.org/uc/item/7j92c4q3. DOI: https://doi.org/10.5070/M3192014104
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