Digestibilidade in vitro e caracterização nutricional de grão seco de destilaria com solúveis segundo o sistema Cornell
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n4p2029Palavras-chave:
Farelo de soja, Fermentação ruminal, Proteína degradável no rúmen, Ovinos.Resumo
Foram avaliadas as frações da proteína e dos carboidratos de grãos secos de destilaria com solúveis (GSDS), grão de milho (GM), farelo de soja (FS), e silagem de milho (SM), e a digestibilidade in vitro (CDIV) do GSDS, GM, FS, SM e de rações contendo a inclusão de 0,0%; 8,0%; 16,0% e 24,0% de GSDS, bem como os parâmetros de fermentação in vitro após 24 horas de incubação. O GSDS foi obtido após processo de fermentação microbiana para a produção do etanol, de uma destilaria de flex de açúcar e álcool localizada no estado de Mato Grosso - Brasil. Para determinação das frações proteicas e de carboidratos dos alimentos experimentais foi utilizado Cornell Net Carbohydrate and Protein System – CNCPS. Para o ensaio de digestão in vitro dos nutrientes dos alimentos experimentais e das rações experimentais foram utilizados dois ovinos com peso corporal médio de 26 kg, como doadores de inóculo. O ensaio de digestibilidade in vitro dos alimentos e das rações foi conduzido com três repetições de campo. A fração A da PB do GSDS apresentou valores 88%, 71% e 37% menores em relação a fração A do FS, GM e SM, respectivamente. A fração B2 da proteína do GSDS apresentou um teor de 21% da PB, o que representa 78,84% da proteína do GSDS na fração B2, valor superior ao do FS, que foi de 70,44%. A fração B3 da PB, a qual parte escapa da fermentação ruminal foi 18% menor para o FS em relação ao GSDS, expresso em % da PB. Para o fracionamento de carboidratos, o GSDS apresentou um valor para a fração A+ B1 de 8,64% na MS resultado inferior em 62%; 86% e 74% aos obtidos para o FS, GM e SM. O GSDS apresentou teores de hemicelulose e celulose superior ao FS, como verificado na fração B2, com valor de 46,92 % expresso na MS. Os coeficientes de digestibilidade in vitro (CDIV) dos nutrientes do GSDS não diferiu (p > 0,05) em relação aos demais alimentos experimentais. A inclusão do GSDS em rações formuladas para ovinos não alterou (p > 0,05) o CDIV da MS; MO; PB; FDN e FDA, com valores médios de 70,93%; 70,64%; 59,58%; 52,83% e 43,40%, respectivamente. Desta maneira, conclui-se que o grão seco de destilaria com solúveis apresenta-se como alimento proteico com mais de 70% da PB na fração B2 e possui levada quantidade de carboidratos ligados à parede celular. Além disso, o grão seco de destilaria com solúveis apresenta um coeficiente de digestibilidade semelhante ao do grão de milho e ao farelo de soja, contudo, este pode ser incluído em até 24% nas formulações de rações para ruminantes sem alterar o coeficiente de digestibilidade in vitro dos nutrientes.Downloads
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