Grãos secos de destilaria com solúveis (Zea mays L) na dieta de ovinos criados na região tropical do Brasil: comportamento ingestivo e parâmetros fisiológicos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n3p1267Palavras-chave:
Consumo de matéria seca, Frequência respiratória, Ruminação, Ócio, Temperatura retal.Resumo
Objetivou-se avaliar a inclusão de níveis crescentes de grãos secos de destilaria com solúveis (GSDS) na dieta de ovinos criados na região tropical do Brasil sobre o comportamento ingestivo e os parâmetros fisiológicos. Foram utilizados quatro ovinos com peso corporal (PC) médio de 25 ± 2 kg, distribuídos em delineamento em quadrado latino, com quatro períodos e quatro níveis de inclusão dos GSDS (0, 8, 16 e 24%). Os ovinos foram alocados em gaiolas de metabolismo e receberam duas refeições por dia. Os dados de comportamento ingestivo e parâmetros fisiológicos dos ovinos foram submetidos à análise de variância e as diferenças observadas foram testadas utilização equação de regressão a 5% de probabilidade. A inclusão dos níveis de GSDS na alimentação de ovinos não alterou (p>0,05) o tempo despendido para as atividades de comportamento ingestivo como, consumo de matéria seca (CMS), ruminação (RUM), ócio (OCI), consumo de água (CAG) e outras atividades (OAT) expressos em minutos. Porém, durante o período noturno houve aumento (p < 0,05) no tempo utilizado para RUM em relação ao período diurno, no entanto, houve redução (p < 0,05) nas atividades de OCI e CAG dos ovinos. A inclusão de GSDS nas rações de ovinos não alterou (p > 0,05) os parâmetros fisiológicos. Contudo, foi observado que o período da tarde influenciou (p < 0,05) os parâmetros fisiológicos avaliados, como a temperatura corporal do dianteiro (TCD), temperatura corporal do traseiro (TCT), temperatura retal (TER) e frequência respiratória (FRE), os quais foram superiores em relação aos valores observados no período da manhã. Desta maneira, conclui-se que a inclusão de até 24% de grãos secos de destilaria com solúveis na alimentação de ovinos na região tropical do Brasil, não altera o comportamento ingestivo e os parâmetros fisiológicos. Porém, os ovinos criados em confinamento em região tropical do Brasil apresentam maior tempo para a atividade de ruminação durante a noite. Durante o dia ocorre maior utilização de tempo para as atividades de ócio e consumo de água. Além disso, os ovinos criados em ambiente tropical necessitam de maior atenção com ao estresse térmico durante o período da tarde, devido ao aumento da temperatura retal e a frequência respiratória.Downloads
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