Farelo do mesocarpo do babaçu na alimentação de borregas: Consumo e comportamento ingestivo

Resumo

Avaliou-se o consumo voluntário (CVol) e o comportamento ingestivo (CI) de borregas alimentadas com rações contendo diferentes inclusões de farelo do mesocarpo do babaçu (I-FMB) (0,0; 7,5; 15,0 e 22,5%). O local do ensaio foi a ovinocaprinocultura da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Araguaína-TO. Foram utilizadas 20 borregas distribuídas em delineamento inteiramente casualisado, com cinco repetições. O CVol foi realizado pela mensuração do total de alimento fornecido e das sobras. Já o CI foi avaliado em dois períodos de 24 horas em dias não consecutivos, com observações de cinco em cinco minutos sendo as variáveis comportamentais: ócio (O), ruminação (R), ingestão (I) e mastigação (M). Mensurou-se também o tamanho de partícula com separador de partículas modelo Penn State. Foi observado aumento linear crescente com a I-FMB para todos os parâmetros de CVol estudados (consumo de matéria seca - CMS, consumo de proteína bruta - CPB, consumo de fibra em detergente neutro - CFND e consumo de fibra em detergente ácido - CFDA) em todas as unidades (g dia-1 animal-1, % do peso vivo (PV), g kg-0,75). A I-FMB não interferiu na ingestão de água de borregas. A I-FMB não afetou o tempo em ingestão por CMS, CFDN e CFDA. No entanto, a I-FMB aumentou linearmente as atividades ruminação e mastigação em função do CMS, CFDN e CFDA. A I-FMB na dieta de borregas aumenta o consumo voluntário de ovinos e influência de forma negativa na eficiência de ruminação e mastigação, sem prejudicar eficiência de ingestão. Quando economicamente favorável recomenda-se a inclusão de até 22,5 % de FMB em dietas balanceadas.