Caracterização do ambiente climático para bovinos terminados em confinamento na região semiárida
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n6p1891Palavras-chave:
Ambiência, Árvores caducifólias, Bovinocultura de corte, Vegetação nativa.Resumo
Nas propriedades rurais da região semiárida, árvores caducifólias são utilizadas nos sistemas de confinamento, haja vista que as folhas dessa espécie atuam como barreiras contra a radiação solar, favorecem a ventilação, proporcionam sombra e reduzem a Tar; no entanto, durante a fase de terminação dos bovinos, coincidente com o período de seca, essas árvores perdem as suas folhas. Em função disso, o objetivo desta pesquisa consiste em caracterizar a vegetação caducifólia ofertada como sombreamento para bovinos na fase de terminação, durante o período de seca, na região semiárida. Para tanto, a coleta de dados foi realizada em uma propriedade privada e especializada na criação de bovinos, localizada no município de Janaúba (MG), durante os meses de agosto a outubro. No ambiente em questão, foram caracterizados dois ambientes: um a pleno sol e outro à sombra natural, por meio da avaliação de variáveis climáticas, além de parâmetros fisiológicos e comportamentais de 31 bovinos de corte anelorados. Os animais foram manejados em um único curral, onde foram expostos a um espaço integrado a pleno sol e sombra (árvores caducifólias – ambiente 2), e o cocho estava localizado no ambiente (ambiente 1) a pleno sol. Ademais, adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com dois ambientes e quatro períodos de avaliação (manhã, tarde, noite e madrugada), com cinco repetições (semanas em avaliação). Os resultados mostraram que as árvores caducifólias utilizadas como sombreamento para os bovinos de corte no sistema de confinamento não impediram a passagem da CTR devido à ausência de folhagem; mesmo assim, houve formação de microclima adequado para os animais em razão da evapotranspiração realizada pelas raízes que reduziram a temperatura do solo, e consequentemente, a FR dos animais. Por fim, constatou-se que a maior frequência de animais se alimentando ocorreu no período diurno, sob condições climáticas desfavoráveis, uma vez que o cocho estava sob o sol, enquanto a ruminação e o ócio ocorreram no período noturno, sob condições de conforto no espaço do curral, onde estavam as árvores caducifólias.
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