Análise do crescimento de mandioca em diferentes épocas de colheita e densidades de plantio
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n1p113Palavras-chave:
Manihot esculenta Crantz, Índice de área foliar, Massa seca, Taxa assimilatória líquida.Resumo
A arquitetura do dossel vegetativo e a população das plantas têm influência direta no crescimento e na produção das culturas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o crescimento de quatro cultivares de mandioca de dosséis contrastantes em quatro densidades populacionais por dois ciclos vegetativos. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas, com duas repetições, sendo as densidades populacionais nas parcelas e épocas de colheita nas subparcelas. Foram estudadas ‘Branca de Santa Catarina’ (BSC), ‘IAC 13’, ‘IAC 14-18’ e ‘Fibra’ colhidas quadrimestralmente, com início aos 120 e finalizando aos 720 dias após o plantio (DAP). Foram determinados os dados primários massa seca e área foliar. A partir dos dados primários foi aplicada a análise de crescimento e calculada a massa seca total (Wt), razão de área foliar (Fa), índice de área foliar (L), taxa de crescimento relativo (Rw) e a taxa assimilatória liquida (Ea). Todas as cultivares acumularam mais massa seca (Wt) nas menores densidades de plantio. As plantas atingiram maior razão de área foliar (Fa) aos 120 dias após o plantio. No segundo ciclo vegetativo, as quatro cultivares, independentemente da população, apresentaram redução da translocação de assimilados para as folhas. As taxas de crescimento relativo (Rw) das cultivares variaram de maneira mais acentuada com a população de plantas apenas no segundo ciclo. A ‘IAC 14-18’ apresentou maior dependência dos espaçamentos e ‘Fibra’ menor dependência. As taxas de crescimento (Rw) e assimilatórias (Ea) decrescem no final do primeiro ciclo, depois crescem lentamente até o final do segundo ciclo vegetativo.Downloads
Referências
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