Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Estado de Mato Grosso, Brasil

Autores

  • João Marcelo Brandini Néspoli Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso
  • Rísia Lopes Negreiros Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso
  • Marcos Amaku Universidade de São Paulo
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo
  • Fernando Ferreira Universidade de São Paulo
  • Evelise Oliveira Telles Universidade de São Paulo
  • Marcos Bryan Heinemann Universidade de São Paulo
  • José Henrique Hildebrand Grisi-Filho Universidade de São Paulo
  • Vitor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília
  • José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3589

Palavras-chave:

Brasil, Fatores de risco, Mato Grosso, Prevalência, Tuberculose bovina.

Resumo

Em 2009, a situação epidemiológica da tuberculose bovina foi estudada no Estado de Mato Grosso, tradicional exportador de carne. O Estado foi estratificado em quatro regiões. Em cada região, propriedades foram sorteadas aleatoriamente e, dentro dessas, escolheu-se de forma também aleatória um número pré-estabelecido de animais, os quais foram submetidos ao teste tuberculínico Cervical Comparativo. No total, foram testados 28.878 animais, provenientes de 1.133 propriedades. Os animais que resultaram inconclusivos foram retestados com o mesmo procedimento diagnóstico em intervalo mínimo de 60 dias. Em cada propriedade amostrada aplicou-se um questionário para se verificar possíveis fatores de risco para a doença. No Estado, a prevalência de focos foi de 1,3% [0,7; 2,4] e a de animais 0,12% [0,03; 0,44]. Nas regiões, as prevalências de focos e de animais foram, respectivamente, de 0,0% [0,0; 2,0] e 0,0% [0,0; 0,08] na região pantanal, 1,3% [0,5; 3,1] e 0,04% [0,01; 0,17] na região leite, 0,7% [0,2; 2,7] e 0,01% [0,003; 0,04] na região engorda e 1,7% [0,7; 4,1] e 0,24% [0,06; 0,90] na região cria. Verificou-se que a condição do foco de tuberculose bovina está associada à produção de leite, com raças europeias ou mestiças, com algum grau de sofisticação no modo de produção e em rebanhos com até 486 animais. Assim, a implementação de um sistema de vigilância para detecção e saneamento dos focos residuais constitui a melhor estratégia para o Estado.

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Biografia do Autor

João Marcelo Brandini Néspoli, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso

Médico Veterinário, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.

Rísia Lopes Negreiros, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso

Médica Veterinário, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.

Marcos Amaku, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ricardo Augusto Dias, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Fernando Ferreira, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Evelise Oliveira Telles, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Bryan Heinemann, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Henrique Hildebrand Grisi-Filho, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Vitor Salvador Picão Gonçalves, Universidade de Brasília

Professor, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, UNB, Brasília, DF, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Néspoli, J. M. B., Negreiros, R. L., Amaku, M., Dias, R. A., Ferreira, F., Telles, E. O., … Ferreira Neto, J. S. (2016). Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Estado de Mato Grosso, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3589–3600. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3589

Edição

Seção

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