Controle da brucelose bovina no estado de São Paulo, Brasil: resultados após dez anos do programa de vacinação
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3505Palavras-chave:
Brucelose bovina, Fatores de risco, PNCEBT, Prevalência, São Paulo, Brasil.Resumo
Um estudo transversal foi realizado entre maio e novembro de 2011 para estimar a situação da brucelose bovina no estado de São Paulo, 10 anos após o início do programa de vacinação de fêmeas bovinas com a vacina B19. O Estado foi dividido em sete regiões e em cada uma delas, 300 propriedades com atividade reprodutiva foram aleatoriamente selecionadas e consideradas unidades primárias de amostragem. Um numero fixo de vacas foi selecionado aleatoriamente e testado para anticorpos anti-Brucella spp. Uma propriedade foi considerada infectada se ao menos uma vaca resultou positiva. Nas propriedades selecionadas, um questionário epidemiológico foi aplicado, focando a caracterização do rebanho e as práticas de manejo e sanitárias que pudessem estar associadas com o risco de infecção. A prevalência (percentual, [intervalo de confiança de 95%]) dos rebanhos infectados foi 10,2% [8,8-11,8] para o Estado e, para as regiões, variou de 7,3% [4,7-11,2] a 12,3% [8,8-16,8], não apresentando diferença significativa entre as diferentes regiões. A prevalência aparente de propriedades positivas no Estado e regiões permaneceu similar à prevalência observada há 10 anos. A prevalência de fêmeas positivas foi 2,4% [1,8-3,1] no Estado e variou de 1,1% [0,6-2] a 3,5% [1,7-7,1] nas regiões, não apresentando diferenças significativas. Novamente, não houve diferença significativa na prevalência de animais positivos após 10 anos de programa de vacinação. Os fatores de risco (odds ratio; intervalo de confiança de 95%) associados à brucelose bovina no Estado incluíram o número de vacas ? 24 (3,08; 2,22-4,27) e a aquisição de reprodutores (1,33; 0,95-1,87). O estado de São Paulo deve promover uma cobertura vacinal sistemática superior a 80% do rebanho elegível de bezerras com a vacina B19, anualmente. Além disso, o Estado deve enfaticamente utilizar a vacina RB51 em fêmeas com idade superior a 8 meses de idade não vacinadas com a vacina B19. Um programa de educação em saúde animal eficiente deve ser implantado, a fim de orientar os proprietários a testar animais de reposição para brucelose antes da sua introdução no rebanho.Métricas
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