Efeito e custos do tratamento estratégico seletivo no controle de ecto e hemoparasitoses em bezerras da raça holandesa
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5p3133Palavras-chave:
Bovinos, Rhipicephalus (Boophilus) microplus.Resumo
Objetivou-se avaliar a eficácia e os custos operacionais efetivos de um tratamento estratégico seletivo no controle de ecto (Rhipicephalus microplus e, larvas de Dermatobia hominis e Cochliomyia hominivorax) e hemoparasitos (Anaplasma marginale e Babesia spp.), em bezerras da raça holandesa, na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Lavras (FE-UFLA), MG. Trinta bezerras foram distribuídas igualmente em dois grupos: TE) Tratamento estratégico seletivo e TC) Tratamento convencional. As bezerras foram monitoradas a cada 14 dias desde o nascimento até os 12 meses de idade. O controle de ecto e hemoparasitos, no TC, foi realizado de acordo com a orientação do médico veterinário responsável pela FE-UFLA. No TE, esse controle de parasitos seguiu critérios, previamente, estabelecidos pelos pesquisadores deste estudo. Nas análises estatísticas utilizou-se o pacote estatístico PASW 18.0. As frequências médias de alterações nos parâmetros físicos e no volume globular (VG) foram menores (p < 0,05) no TE, em relação ao TC. As bezerras do TE (23%) apresentaram menos (p < 0,001) casos de onfalite externa em relação aos animais do TC (48%). Bezerras do TE estavam menos (p < 0,05) parasitadas por fêmeas de R. microplus e larvas de D. hominis (“berne”) que os animais do TC. Na reação de imunofluorescência indireta (RIFI), as soropositividades para A. marginale e B. bovis, foram, respectivamente, 85,6% e 87,8% no TE e, 83,2% e 83,2% no TC. Em ambos os tratamentos, predominaram os casos de anaplasmose subclínica (infecção assintomática) no período seco do ano. Os ganhos de peso médios diários (GPD) foram iguais (p > 0,05) entre TE (580 g) e TC (570 g). O custo operacional efetivo (COE) foi 3,7 vezes maior no TE (R$ 406,58/animal) em relação ao TC (R$ 110,90/animal). No TE, exames laboratoriais para monitorar os animais foi o item com maior representatividade no COE (82,7%), enquanto que, no TC, o maior gasto foi com os medicamentos (49,8%). Apesar de ter um COE maior, o TE foi mais eficiente na redução da carga parasitária em relação ao TC. Bezerras do TE tiveram menor quantidade de carrapatos e “bernes”, e de casos de anemia hemolítica (VG < 24%), em relação aos animais do TC. O TE não interferiu na dinâmica das infecções por A. marginale e B. bovis, e a FE-UFLA pode ser caracterizada, epidemiologicamente, como estável enzooticamente para estas espécies.Métricas
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