Imaginário e simbólico em pacientes com câncer: análise de duas narrativas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2006v11n2p65

Palavras-chave:

Imaginário, Simbólico, Pacientes com câncer

Resumo

O presente artigo apresenta uma discussão feita a partir de dois casos que se apresentaram como paradigmáticos das relações entre o imaginário e o simbólico em doentes com câncer. A pesquisa foi feita num hospital público de Curitiba, e teve como objetivo analisar as formas de sociabilidade entre pacientes com longos períodos de internamento. A discussão desses dois casos separados dos demais se deve ao fato de suas falas ilustrarem com clareza a função do imaginário entre doentes de câncer e as dificuldades de simbolização da doença e da morte. No primeiro caso a paciente fica presa ao imaginário; no segundo, temos uma travessia para o simbólico, ou seja, o paciente que num primeiro momento se encontra submetido às pressões do imaginário, num segundo consegue simbolizar a doença e seus efeitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Miguel Rasia, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Professor da Universidade Federal do Paraná - UFPR.

Referências

CASTORIADIS, C. As encruzilhadas do labirinto. Rio: paz e Terra, 1987. v. 2.

CLAVREUL, J. A ordem médica: poder e impotência do discurso médico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.

DURAND, Gilbert. Les structures anth1'Opologiques de l'imaginail'e. 10. ed. Paris: Dunod, 1984.

ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 1991.

DURAND, Gilbert. O sagrado e o profano: a essência das religiões. Lisboa: Livros do Brasil, 1992.

FOUCAULT, Michel. La naíssence de la clinico Paris: PUF, 1983.

FOUCAULT, Michel. Microfisica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

JACOBI, Benjamin. La plainte. Sou.ffrances. Corps et âme, épreuves partagées, Paris, n. 142, p. 116-27, 1994.

LAZZARETTI, Claire T. O discurso médico e os signos da doença. In: RASIA, J .M.; GIORDANI, Rubia C. F (org.). Olhares e questões sobre a saúde, a doença e a morte. Curitiba: Ed. UFPR, 2007.

MANNONI, Maud. O nomeável e o inominável: a última palavra da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

RASIA, J. M. Hospital: sofrimento e socialidade. 1996. Tese (Concurso de Prof. Titular em Sociologia) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1996.

RASIA,J.M. As mulheres do Radinho In: MERCER, V. R.(org.) . Hospital e subjetividade. Curitiba: Travessa dos Editores. no prelo.

RASIA, lM. O doente hospitalizado: o sonho de Angelina. Revista Brasileira de Sociologia das Emoções, João Pessoa, v. 1, p. 378-405, 2002.

RICOEUR, Paul. La souffrance n'est pas la douler. Sou.ffrances. corps et âme, épreuves partagées, Paris, n. 142, p. 58-70, fév. 1994.

Downloads

Publicado

2006-12-15

Como Citar

RASIA, José Miguel. Imaginário e simbólico em pacientes com câncer: análise de duas narrativas. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 11, n. 2, p. 65–82, 2006. DOI: 10.5433/2176-6665.2006v11n2p65. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/8981. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.