Debate redistribuição e reconhecimento: em direção a um fiminismo mais moderno de oposição

Resumo

Fortes críticas foram formuladas desde a tradição marxista tanto ao desconstrucionismo derridiano quanto às posições pós-modernistas por considerá-las preocupadas apenas com questões relacionadas às diferenças, esquecendo aquelas relacionadas às desigualdades socioeconômicas. No entanto, muito do feminismo crítico se baseou em tais teorias para apoiar seus argumentos. Tanto a relevância dessas críticas quanto a incidência particular do desconstrucionismo e do pós-modernismo na teoria e na práxis feministas são analisadas à luz de dois debates atuais. A primeira, em torno do potencial político das posições desconstrucionistas e pós-modernistas e a segunda, referia-se à suposta antinomia entre redistribuição socioeconômica e reconhecimento cultural das diferenças. A abordagem proposta permite recolocar a análise em um horizonte de compreensão muito mais amplo e abrangente.