"Madre es quien cuida": la legitimidad de la maternidad en el discurso de madres y bebés con microcefalia en Pernambuco

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2018v23n3p132

Palabras clave:

Maternidad, Microcefalia, Virus zika

Resumen

La investigación inició después del gran índice de bebés nacidos con microcefalia ocasionada por el virus de Zika transmitido por el mosquito Aedes aegypti, teniendo como epicentro la región del Nordeste del país. La epidemia se movió con la dinámica de varias esferas de la vida social, como políticas, socioambientales, económicas y religiosas. Las mujeres, madres de bebés con microcefalia, en Pernambuco, se han organizado en movimientos como la "Unión de Madres de Ángeles" (UMA), construyendo redes de apoyo y solidaridad, compartiendo experiencias sobre el cuidado con los "ángeles" o "niños especiales "(Como denominan a sus hijos), además de reivindicar, en un lenguaje de derechos, ayudas ante el Estado y los órganos competentes. En este sentido, este análisis se basa en el trabajo etnográfico realizado en los encuentros de la UMA entre febrero y diciembre de 2016. Partiendo de tres trayectorias de vida de madres de niños diagnosticados con lo que hoy se denomina en el campo biomédico como "Síndrome Congénito del Zika virus" (SCZv), busco comprender las representaciones en torno a la experiencia de la maternidad, a fin de aprehender las producciones de significados y las concepciones sobre las relaciones de parentesco.

Biografía del autor/a

Diego Alano de Jesus Pereira Pinheiro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Doctorado por la Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.

Citas

AGHASSIAN, Michel et al. Introdução ao vocabulário do parentesco. In: AUGÉ, Marc (Org.). Os domínios do parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. Lisboa, Edições 70, 1975.

AYRES, José Ricardo. O cuidado, os modos de ser do ser humano e as práticas de saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 13, n. 3, p. 16-29, 2004.

AYRES, José Ricardo. Uma concepção hermenêutica da saúde. PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, p. 43-62, 2007.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. 4. ed. São Paulo: Difusão Europeia do livro, 1970.

BESTARD, Joan. Parentesco y modernidad. Barcelona: Paidós, 1998.

CAMPOY, Leonardo Carbonieri. Autismo em ação: reflexões etnográficas, sem aprovação de comitês de ética sobre a clínica e o cuidado de crianças autistas. Revista de Ciências Sociais: Política & Trabalho, João Pessoa, PB, n. 42, p. 155-174, jan./jun. 2015.

CARSTERN, Janet. After kinship. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

CUIDADO. In: Dicionário do Aurélio. 2018. Disponível em: https://dicionariodoaurelio.com/cuidado.

DINIZ, Débora. Zika: do Sertão nordestino à ameaça global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

DURKHEIM, Émile; MAUSS, Marcel. Algumas formas primitivas de classificação. In: MAUSS, Marcel. Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1995.

EICKMAMNN, Sophie Helena Eickmann. Síndrome da infecção congênita pelo vírus Zika. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 7, e00047716, jul. 2016.

EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. Bruxaria, oráculos e magia entre os azande. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2005.

FONSECA, Cláudia. As novas tecnologias legais na produção da vida familiar: antropologia, direito e subjetividades. Civitas: Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, RS, v. 11, n. 1, p. 8-23, jan./abr. 2011.

FONSECA, Cláudia. Da circulação de crianças à adoção internacional: questões de pertencimento e posse. Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, p. 11-43, jan./jun. 2006.

HEILBORN, Maria Luiza. Fronteiras simbólicas: gênero, corpo e sexualidade. Cadernos Cepia, Rio de Janeiro, n. 5, p. 73-92, dez. 2002.

IZQUIERDO, María Jesús. Del sexismo y la mercantilización del cuidado a su socialización: hacia uma política democrática del cuidado. Barcelona, ES: Universitat Autònoma de Barcelona, 2004.

LAGDON, Jean. The symbolic efficacy of rituals: 429 from ritual to performance. 2007. Mimeo.

LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metáforas de la vida cotidiana. 2. ed. Madri, ES: Catedra, 1991. (Colección Teorema).

LONGHI, Márcia Reis. Eu cuido dela e ela cuida de mim: reflexões sobre o cuidado a partir da narrativa de casais homossexuais sorodiscordantes. Política e Trabalho: Revista de Ciências Sociais, v. 1, n. 42, p. 91-109, jan./jun. 2015.

MIRANDA, Maria Aparecida; MARTINS, Marilza de Souza. Maternagem: quando o bebê pede colo. São Paulo: MEC, 2007. (Coleção percepções da diferença. Negros e brancos na escola, v. 2)

NUNES, João; PIMENTA, Denise. A epidemia de Zika e os limites da saúde global. Lua Nova, São Paulo, v. 98, p. 21-46, 2016.

OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. As categorias do entendimento na formação da antropologia. Anuário Antropológico, Brasília, v. 6, n. 1, p. 125-146, 1982.

PINHEIRO, Diego Alano. Crianças especiais para famílias especiais: os sentidos de maternidade para mães de bebês com microcefalia em Pernambuco. 2017. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017.

PINHEIRO, Diego Alano; LONGHI, Márcia. Maternidade como missão: a trajetória militante de uma mãe de bebê com microcefalia em Pernambuco. Cadernos de Gênero e Diversidade da UFBA, Salvador, BA, v. 3, n. 2, p. 113-132, ago. 2017.

SAHLINS, Marshall. What kinship is (part one). Journal of the Royal Anthropological Institute, London, GB, v. 17, n. 1, p. 2-19, 2011.

SCOTT, Russel Parry. O homem na matrifocalidade: gênero, percepção e experiências do domínio doméstico. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 73, p. 38-47, 1990.

SONTAG, Susan. A doença como metáfora. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

STEFANELLO, Juliana. Crenças e tabus relacionados ao cuidado no pós-parto: o significado para um grupo de mulheres. 2005. Dissertação (Mestrado em Enfermagem, Saúde Pública) - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.

STRATHERN, Marilyn. What is a parent? HAU: Journal of Ethnographic Theory, London, v. 1, n. 1, p. 245-278, Fall, 2011.

VAN DER GEEST, Sjaak; REYNOLDS WHITE, Susan. O encanto dos medicamentos: metáforas e metonímias. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 457-472, jul. /dez. 2011.

VIANNA, Adriana. Direitos, moralidades e desigualdades: considerações a partir de processos de guarda de crianças. In: LIMA, Roberto Kant de (Org.). Antropologia e direitos humanos 3. Niterói: Editora da UFF, 2005. p. 13-67.

Publicado

2018-12-29

Cómo citar

PINHEIRO, Diego Alano de Jesus Pereira. "Madre es quien cuida": la legitimidad de la maternidad en el discurso de madres y bebés con microcefalia en Pernambuco. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 23, n. 3, p. 132–163, 2018. DOI: 10.5433/2176-6665.2018v23n3p132. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/34324. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

Dossier

Datos de los fondos