Os Xavante e as políticas de desenvolvimento para a Amazônia Legal Brasileira: de símbolo da brasilidade a obstáculo ao progresso
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2017v22n2p146Palavras-chave:
Xavante, Políticas de desenvolvimento, Marcha para Oeste, Ditadura militarResumo
Este artigo tem por objetivo discutir as políticas de desenvolvimento para a Amazônia Legal Brasileira (da era Vargas até o final da ditadura militar) e seus reflexos para os grupos indígenas que já ocupavam o espaço antes da chegada das frentes de expansão, dando ênfase aos momentos de remoção e também de retorno aos seus territórios e trazendo como caso analisado os Xavante, etnia localizada no Nordeste do Mato Grosso. Para tanto, baseia-se na literatura já produzida e também em pesquisa qualitativa, com a realização de entrevistas com 11 indígenas desta etnia e com um ex-funcionário do SPI. A região aqui analisada tem como marco inicial de políticas de ocupação a Marcha para Oeste, diretriz criada por Vargas que previa a ocupação de “espaços vazios” e que, para se apossar de seus territórios, destacava os Xavante como os autênticos índios brasileiros. Durante a ditadura militar, o governo novamente faz uso de políticas de colonização para aquela região, agora para fomentar a agricultura em grande escala. Nessa conjuntura, embates entre os Xavante e os ruralistas ocorrem e as terras indígenas começam a ser demarcadas, no menor espaço possível.Downloads
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