Territórios e Territorialidades Kaingang: A Reinvenção dos Espaços e das Formas de Sobrevivência Após a Conquista
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2014v19n2p18Palabras clave:
Territórios kaingang, Territorialidades kaingang, Políticas indigenistas, Aldeias nas cidadesResumen
Este artigo demonstra como os Kaingang, após a conquista, enfrentaram situações críticas que os obrigaram a buscar novas formas de sobrevivência nas terras delimitadas pelo governo, as quais foram drasticamente reduzidas e, ao longo da segunda metade do século XX, foram dilapidadas dos recursos naturais que lhes garantiam a sobrevivência. A análise deste processo indicou que os Kaingang tiveram de construir um novo tempo (uri) em oposição ao tempo antigo (vãsy). Os Kaingang mantiveram suas territorialidades segundo seus próprios padrões, porém em permanente conflito com os códigos oficiais. Nesse sentido, o movimento de territorialização kaingang sobrepõe-se às territorialidades da sociedade capitalista fundada na propriedade privada.Descargas
Citas
TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES KAINGANG... K. TOMMASINO E L. K. DE ALMEIDA 41 ALMEIDA, Ledson Kurtz de. Relatório do componente indígena da duplicação da BR 386. Brasília: DNIT, 2009.
AMBROSETTI, Juan B. Los índios Kaingángues de San Pedro (Misiones). Compañía Sud-Americana de Billetes de Banco. Revista del Jardin Zoológico de Buenos Aires, Tomo II, 1895.
BALDUS, Herbert. Ensaios de etnologia brasileira. São Paulo: Nacional, 1979.
BORBA, Telêmaco. Atualidade indígena. Curitiba: Impressora Paranaense, 1908.
BREMEN, Volker von. Fuentes de Caza y Recolección Modernas. Sttudgard, 1987.
CARVALHO, Edgard Assis (Org.). Antropologia Econômica. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas Ltda. 1978.
CORREIA, Jáder Figueiredo. (Coord.). Relatório da Comissão de Inquérito incumbida de apurar as irregularidades do SPI. Rio de Janeiro, 1967.
CRÉPEAU, Robert R. Les Kaingang dans le context des études Jê et Bororo. Anthropologie et Societés, Quebec, v. 21, n. 2-3. 1997.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. Lisboa: Livraria Martins Fontes/Portugal, 1955.
MABILDE, Pierre François A. B. Apontamentos sobre os indígenas selvagens da nação Coroados dos matos da Província do Rio Grande do Sul. São Paulo: IBRSA/INL, 1983.
MOTA, Lúcio Tadeu. Os índios Kaingang nos campos do Brasil meridional na metade do século passado. In: MOTA, Lúcio Tadeu; NOELLI, Francisco S.; TOMMASINO, Kimiye (Org.). Uri e Wãxi: estudos interdisciplinares dos Kaingang. Londrina: EDUEL, 2000.
RAMOS, Alcita Rita. Sociedades indígenas. São Paulo: Ática, 1986.
SAHLINS, Marshall. Sociedades Tribais. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
TOMMASINO, Kimiye. A história dos Kaingang da Bacia do Tibagi: uma Sociedade Jê Meridional em Movimento. 1995. 348 fls. Dissertação (Doutorado em Antropologia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
TOMMASINO, Kimiye. Os novos acampamentos (vãre) kaingang na cidade de Londrina: mudança e persistência numa sociedade jê. Revista Mediações, Londrina, v. 3, n. 2, jul.- dez. 1998.
TOMMASINO, Kimiye. Oficina de Antropologia Econômica: Dinâmica histórica da economia kaingang – século XIX-XXI. Londrina, 19 de novembro de 2010.
TOMMASINO, Kimiye; MOTA, Lúcio Tadeu. As cidades e os Kaingang no Paraná. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 23, 2002, Gramado. Anais da vigésima terceira Reunião brasileira de antropologia, Gramado, 2002.
WIESEMANN, Ursula. Dicionário Kaingáng – Português, Português – Kaingáng. Brasília: Summer Institute of Linguistics, 1981.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los derechos de autor de los artículos publicados en Mediations son del autor; En caso de republicación parcial o total de la primera publicación, se solicita a los autores que indiquen la publicación original en la revista.
Mediações utiliza la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International, que proporciona acceso abierto, permitiendo a cualquier usuario leer, descargar, copiar y difundir su contenido, siempre que esté debidamente referenciado.
Las opiniones emitidas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.