Os novos acampamentos (Wãre) Kaingang na cidade de Londrina: mudança e persistência numa sociedade Jê

Autores

  • Kimiye Tommasino Universidade Estadual de Londrina - UEL

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.1998v3n2p66

Palavras-chave:

Kaingang, Comércio, (Re) territorialização

Resumo

Este artigo analisa os acampamentos provisórios que os Kaingang da Área Indígena Apucarana passaram a fazer na cidade de Londrina. Instalados em barracas de lona, as famílias Kaingang passam de dez a quinze dias vendendo artesanato de taquara - cestos de vários tamanhos e formas, peneiras - nas ruas da cidade. Muitas pessoas londrinenses passaram a reclamar da presença indígena na cidade principalmente quando vêm em grande quantidade e chegam a instalar dezenas de barracas de lona nos terrenos baldios da cidade. Este artigo teve como objetivo compreender as razões do deslocamento dos índios para a zona urbana de Londrina e ao mesmo tempo analisar o modo como eles (re) produzem um espaço kaingang, conforme seus costumes tradicionais. Tendo sido no passado, toda a região do médio Tibagi, território kaingang, pode-se afirmar que os Kaingang atuais, vivendo de modo precário nas reservas, encontram na venda do artesanato, uma forma de (re) territorialização em espaços hoje ocupados por brancos.

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Biografia do Autor

Kimiye Tommasino, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Ciência Social pela Universidade de São Paulo - USP. Professora da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

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Publicado

1998-11-12

Como Citar

TOMMASINO, Kimiye. Os novos acampamentos (Wãre) Kaingang na cidade de Londrina: mudança e persistência numa sociedade Jê. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 3, n. 2, p. 66–71, 1998. DOI: 10.5433/2176-6665.1998v3n2p66. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9310. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos