Representação e imperialismo em Edward Said
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2010v15n2p42Palavras-chave:
Representação, Imperialismo, Pós-colonialismo, Cultura e PolíticaResumo
Com base na suposição de que a cultura e as identidades envolvem um processo construído politicamente, discute-se a importância das concepções de representação e imperialismo na obra de Edward Said. O artigo analisa duas propostas gerais do autor. Primeiramente, a tese da centralidade da dimensão cultural nas relações políticas, o que acarreta a revisão de postulados que tomam a cultura ou como mero reflexo de um fenômeno tido por essencial ou como esfera isolada das práticas de poder. Em segundo lugar, examina-se como a concepção de imperialismo do autor serve para se notar formas de identificação que mantêm estruturas de autoridade e hegemonia que, não obstante, podem ser desafiadas por processos de resistência. Por fim, debate-se a validez do caráter aberto da teoria política de Said, que supõe tanto o poder das representações quanto uma ação de contestação política.Downloads
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