Representação e imperialismo em Edward Said
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2010v15n2p42Palabras clave:
Representação, Imperialismo, Pós-colonialismo, Cultura e PolíticaResumen
Com base na suposição de que a cultura e as identidades envolvem um processo construído politicamente, discute-se a importância das concepções de representação e imperialismo na obra de Edward Said. O artigo analisa duas propostas gerais do autor. Primeiramente, a tese da centralidade da dimensão cultural nas relações políticas, o que acarreta a revisão de postulados que tomam a cultura ou como mero reflexo de um fenômeno tido por essencial ou como esfera isolada das práticas de poder. Em segundo lugar, examina-se como a concepção de imperialismo do autor serve para se notar formas de identificação que mantêm estruturas de autoridade e hegemonia que, não obstante, podem ser desafiadas por processos de resistência. Por fim, debate-se a validez do caráter aberto da teoria política de Said, que supõe tanto o poder das representações quanto uma ação de contestação política.Descargas
Citas
BHABHA, Homi. The location of culture. Routledge: London, 1994.
BHAMBRA, Gurminder K. Sociology and postcolonialism: another ‘missing’ revolution? Sociology, n. 41, p. 871-884, 2007.
BREUILLY, John. Abordagens do nacionalismo. In: BALAKRISHNAN, Gopal (org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. p. 155-184.
CHATTERJEE, Partha. The nation and its fragments: colonial and postcolonial histories. Princeton: Princeton University Press, 1993.
EDER, Klaus. Identidades coletivas e mobilização de identidades. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 18, n. 53, p. 5-18, out. 2003.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2001.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 2005.
GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.
HOBSBAWM, Eric. Etnia e nacionalismo na europa de hoje. In: BALAKRISHNAN, Gopal (org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. p. 271-282.
LOOMBA, Ania. Colonialism/postcolonialism. Routledge: London: New York, 2005.
RINESI, Eduardo. Nación y estado en la teoría y en la política. In: VERNIK, Esteban (comp.). Qué es una nación: la pregunta de renan revisitada. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2004. p. 169-179.
SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SAID, Edward. An interview with Edward W. Said. In: BAYOUMI, M.; RUBIN, A. (ed.). The Edward Said Reader. New York: Vintage Books, 2000.
SAID, Edward. Power, politics, and culture: interviews with Edward W. Said. New York: Vintage Books, 2002.
SAID, Edward. Representações do intelectual: as conferências Reith de 1993. São Paulo: Cia das Letras, 2005.
SAID, Edward. Humanismo e crítica democrática. São Paulo: Cia das Letras, 2007a.
SAID, Edward. Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 2007b.
SPIVAK, Gayatri C. Can the Subaltern Speak? In: WILLIAMS, Patrick; CHRISMAN, Laura (ed.). Colonial discourse and post-colonial theory: a reader. New York: Columbia University Press, 1994. p. 66 – 111.
WEDEEN, Lisa. Conceptualizing culture: possibilities for political science. American Political Science Review, v. 96, n. 4, p. 713-728, dec. 2002.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los derechos de autor de los artículos publicados en Mediations son del autor; En caso de republicación parcial o total de la primera publicación, se solicita a los autores que indiquen la publicación original en la revista.
Mediações utiliza la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International, que proporciona acceso abierto, permitiendo a cualquier usuario leer, descargar, copiar y difundir su contenido, siempre que esté debidamente referenciado.
Las opiniones emitidas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.