Coletiva Mulheres da Quebrada: Collective care practices as resistance strategies against interconnected systems of oppression

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2025v30e51631

Keywords:

collective care, black women, interseccionality, feminism, territory, peripheries

Abstract

This article is grounded in a doctoral dissertation that emerged from ethnographic fieldwork conducted with the Quebrada Women's Collective, a movement located in the Aglomerado da Serra, in Belo Horizonte, Minas Gerais state, Brazil. It reflects on how these women, living amid interconnected structures of power and oppression, mobilize forms of resistance through a self - defined and intersectional approach based on practices of collective care, rooted in ancestral knowledge. This movement challenges the unequal power dynamics that transfer the bulk of the exploitation and overburden of care work to Black and peripheral women, contrasting with the lack of care experienced by these women themselves. The collective care practices mobilized by this movement subvert dualistic and dichotomous logics, alleviating the (over)burden and calling attention to the potential for democratizing and politicizing care practices, starting from localized, embodied and racialized engagements.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Ana Beatriz Nogueira Pereira, Federal University of Minas Gerais

Doctor in Anthropology from the Federal University of Minas Gerais (2024). Researcher with the Research Group on Gender and Sexualities at the Federal University of Minas Gerais.

References

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019. (pp. 57-115)

ANZALDÚA, Glória. A vulva é uma ferida aberta e outros ensaios. Rio de Janeiro: A Bolha, 2021.

BERTH, Joice. Empoderamento: feminismos plurais. São Paulo: Pólen, 2019.

BRAGE, Eugenia. El trabajo "duro" de sostener la vida: reflexiones a partir de una etnografia con mujeres (cis) bolivianas. REMHU-Rev. Interdiscip. Mobil. Hum., Brasília, v. 30, n. 65, ago. 2022, p. 33-56.DOI:https://doi.org/10.1590/1980-85852503880006504. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-85852503880006504

CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e apolítica do empoderamento. Tradução Jamille Pinheiro Dias. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2019.

COLLINS, Patricia Hill. O poder da auto-definição. In: Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019

CRENSHAW, Kimberlé. 2002. Documento para o encontro de especialistas em

aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas, pp.171-188, jan. 2002.

DAS, Veena. Vida e Palavras: a violência e sua descida ao ordinário. São Paulo: Editora Unifesp, 2020.

FAZZIONI, Natália Helou. Nem bom, nem mau: reflexões sobre "arranjos de cuidado" materno em dois contextos de pesquisa. [SYN]THESIS, Rio de Janeiro, v. 14, n.2, p. 18-27, 2021. DOI: https://doi.org/10.12957/synthesis.2021.64350

FERNANDES, Camila. Casas de "tomar conta" e creches públicas: relações de cuidados e interdependência entre periferias e Estado. Revista de Antropologia. (São Paulo, Online) | v. 64 n. 3: e189648 | USP, 2021 DOI: https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189648

FONSECA, Claudia. Mãe é uma só? Reflexões em torno de alguns casos brasileiros. Psicologia USP, v. 13, n. 2, p. 49-68, 2002 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-65642002000200005

FRASER, Nancy. Contradições entre capital e cuidado. Princípios: Revista de Filosofia, Natal, v. 27, n. 53, maio - ago. 2020

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização: Flávia Rios, Márcia Lima. 1ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

HARAWAY, D. (2009). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7-41

HARDING, Sandra. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. 95-118.

KILOMBA, Grada. Quem pode falar? Memórias da plantação. Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019, pp.- 47-70

LORDE, Audre. Não existe hierarquia de opressão, em: Pensamento Feminista: Conceitos Fundamentais. Org. Heloisa Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

PEREIRA, Ana Beatriz. "Sozinha eu não vou, mas juntas nós vamos": práticas políticas e pedagógicas de cuidados da Coletiva Mulheres da Quebrada no Aglomerado da Serra, Belo Horizonte/MG". Tese (Doutorado em Antropologia) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.

PUIG DE LA BELLACASA, Maria, Ana Gretel Echazú Böschemeier, Cíntia Engel, Lucrecia Raquel Greco, e Helena Fietz. O Pensamento Disruptivo Do Cuidado. Anuário Antropológico, 2023 48 (1):108-33. Disponível em: https://doi.org/10.4000/aa.10539. Acesso em 10 mar. 2023 DOI: https://doi.org/10.4000/aa.10539

TRONTO, Joan. Assistência democrática e democracias assistenciais. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 22, n. 2, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922007000200004

Published

2025-04-30

How to Cite

NOGUEIRA PEREIRA, Ana Beatriz. Coletiva Mulheres da Quebrada: Collective care practices as resistance strategies against interconnected systems of oppression. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 30, p. e51631, 2025. DOI: 10.5433/2176-6665.2025v30e51631. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/51631. Acesso em: 15 dec. 2025.

Issue

Section

Dossier - Reflections on the uses of intersectionality in Latin America (2025-1)