A ideologia de gênero na publicidade contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2010v15n1p241Palavras-chave:
Publicidade, Estudos feministas, Ideologia, SubjetividadeResumo
Ao estudar a publicidade contemporânea, reconhece-se a necessidade de conciliar a perspectiva clássica - dos estudos macrossociológicos - com as teorias pós-modernas (que abordam a subjetividade e a identidade). Essa compatibilização se verifica também nos estudos feministas, representados nesse artigo por Lauretis (1994) e Hollanda (1994). Na tentativa de entender essa necessária conciliação, o texto começa traçando um breve esboço acerca da dominação e do poder, para, em seguida, buscar demonstrar como as teóricas feministas, ao relacionarem tais correntes, contribuíram para o desenvolvimento da teoria social. Tal aproximação se verifica, por exemplo, no conceito ideologia de gênero, que traz a ideia de formação das subjetividades e das identidades nos e pelos processos sociais abarcando, simultaneamente, os processos estruturais que atuam na produção publicitária e reforçam o padrão androcêntrico.Downloads
Referências
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização. Brasileira, 2003.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2007.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2002.
CORRÊA, Mariza. O sexo da dominação. Novos Estudos CEBRAP, n. 54, São Paulo, 1999.
DEL PRIORI, Mary. Corpo a corpo com a mulher: pequena história das
transformações do corpo feminino no Brasil. São Paulo: Editora Senac, 2000.
ENGELS, Frederic; MARX, Karl Heinrich. A ideologia alemã e outros escritos. São Paulo: Hucitec, 1991.
ESCOSTEGUY, Ana Carolina; MESSA, Márcia Rejane. Os estudos de gênero na pesquisa em comunicação no Brasil. Contemporânea, Revista de Comunicação e Cultura. Porto Alegre, v. 4, n. 2, 2006.
FERNÁNDEZ, Josefina. Foucault: ¿Marido o Amante? Algunas tensiones entre Foucault y el feminismo. Revista de Estudos Feministas, n. 2, Florianópolis, 2000.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Por uma Genealogia do Poder. In: Microfísica do poder. vol. 7. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
GRAMSCI, Antonio. Caderno 12: apontamentos e notas dispersas para um grupo de ensaios sobre a história dos intelectuais. In: Cadernos do Cárcere. v. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1992.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Feminismo em tempos pós-modernos. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. (org.). Tendências e Impasses - O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia de Gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. (org.). Tendências e Impasses - O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
MARX, Karl. Mercadoria e dinheiro In: O capital: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, 1996. v. 1.
RAMOS, Ricardo. Contato imediato com a propaganda. São Paulo: Editora Global, 1987.
RUBIN, Gayle. The Traffic in Women. Notes on the "Political Economy" of Sex. In: REITER, Rayna (ed.) Toward an Anthropology of Women. New York: Monthly Review Press, 1975.
THERBORN, Göran. La ideología del poder y el poder de la ideología. México: Siglo XXI, 1989.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Débora Mendes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






























