Coexistências (in)visíveis entre corpos afro-caribenhos, humanos e divinos
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2020v25n3p640Palavras-chave:
Antropologia, Parentesco, Religião, Corpo, CaribeResumo
Na vila de Old Bank (localizada na costa atlântica do Panamá), experiências e narrativas sobre parentes, espíritos e bruxos interagem com duas doutrinas cristãs (metodista e adventista), ambas presentes na vila há mais de cem anos e vinculadas ao mesmo processo histórico pelo qual os ancestrais afrocaribenhos da população local chegaram a Old Bank. Com base em pesquisa etnográfica de 14 meses, investigo a maneira como os habitantes locais se relacionam com Deus: esta agência que, embora (in)visível, está fortemente presente na vida deles, inclusive em seus corpos. Ao focar no caso de pessoas batizadas em uma das instituições locais, argumento que elas produzem uma mudança intencional em suas vidas e corpos, transformando a maneira como se relacionam com espíritos, bruxos e parentes – seres cuja presença também é intensa na vida e corpos locais, em especial durante os rituais fúnebres denominados de nain nait. Nesse contexto, reflito sobre os conceitos nativos de pessoa e de corpo, investigando a coexistência que se manifesta em Old Bank entre agências (não)humanas (i)materiais (in)visíveis e a maneira como ela contribui para o debate antropológico sobre parentesco, materialidade, agência e religião no Caribe.Downloads
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