Caso Semmelweis: al filo del paradigma médico moderno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2007v12n1p323

Palavras-chave:

Biografia, Prática médica, Construção social, Processo histórico, Processo saúde e doença

Resumo

O presente trabalho realizou uma análise da biografia de Ignaz Semmelweis (1818- 1865), que mostrou que a elevada porcentagem de morte causada por febre puerperal fora causada por agentes infecciosos transmitidos pelas mãos contaminadas dos médicos. O que fez de Semmelweis uma pessoa mal vista ou mal compreendida entre seus colegas?. Focalizar esse caso dentro do processo histórico da prática médica, no surgimento das primeiras noções de higiene e saúde pública, permitiu identificar o que fora questionado pela posição desafiante de Semmelweis. A descoberta de Semmelweis surgiu no século IX, em um contexto europeu de revoltas e mudança sócio-políticas, no momento da construção de uma teoria médica e de um paradigma científico que legitimou e envolveu a luta entre a ortodoxia e heterodoxia. O estudo do caso de Semmeweiss permite observar, de um novo ponto de vista, a historia de um indivíduo que questionou os paradigmas da ciência que governavam o modelo médico de seu tempo. Na sua história, são manifestas as contradições de um sistema médico em formação, sancionado como a única forma científica e eficaz de cuidar da saúde e da doença. Embora fora uma figura controvertida em seu tempo, transformou-se no precursor da assepsia abrindo possibilidades para uma compreensão nova e original das doenças infecciosas.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Rita Bocó, Universidad de Buenos Aires - UBA

Professora da Universidad de Buenos Aires - UBA.

Gisela Bulanikian, Universidad de Buenos Aires - UBA

Professora da Universidad de Buenos Aires - UBA.

Referências

BERUTI, Josue. A. Semmelweis y la fiebre puerperal, obra y vida desventurada de un gran medico. Buenos Aires, 1939.

BIBLIOTECA Temática Uthea. Conquistas de la Humanidad. España: Editorial Hispano-Americana, 1980. v. 2

CEBERIO, Marcelo; WATZLAWICK, Paul. La construcción del universo. Barcelona: Herder, 1998.

CECCHETTO, Sergio. Medicalización del embarazo y el parto. Cuadernos Medico Sociales, Rosário, Argentina, n. 70, 1995.

CECCHETTO, Sergio. Dilemas Bioéticos en Medicina Perinatal. Buenos Aires: Corregidor, 1999.

CELINE, Louis Ferdinand. Semmelweis. España: Editorial Alianza, 1968.

COMELLES, J.; MARTINEZ, Hernaez A. Enfermedad Cultura y Sociedad. Madrid: Eudema, 1993.

COMELLES, J. La sacralización de la práctica hospitalaria. Del despliegue tecnológico a la institucionalización del milagro. En: BARONA, Joseph Luis (comp.) Seminarios de Estudio de la Ciencia, p.179-206. Valencia: Malaltia i Cultura, 1994.

CONRAD, P. Y Schneider, J. Deviance and Medicalization: from badness to sickness. Columbus, Ohio: Merril Publishing Company, 1985.

DANFORTH, David. Tratado de Obstetricia y Ginecología. 4. ed. México DF: Interamericana, 1986.

FOCAULT, Michel. El nacimiento de la clínica: Una arqueología de la mirada médica. México: Siglo XXI, 1966.

FOCAULT, Michel. Microfísica del poder. Madrid: Ediciones de la Piqueta, 1979.

FOUCAULT, Michel. El discurso del poder. Mexico: Folios, 1983.

FOUCAULT, Michel. The history of sexuality: An Introduction. USA: Vintage books Edition, 1990. v. 1

FRIEDSON, Eliot. La Profesión Médica. Barcelona: Ed. Península, 1978. cap. 12-13.

GOFFMAN, Erving. Estigma. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 1995.

HEMPEL, Carl. Filosofía de la ciencia natural. Madrid: Alianza, 1977.

HOBSBAWN, Eric. J. Las Revoluciones Burguesas. Madrid: Editorial Guadarrama, 1962. v. 1

KLEINMAN, Arthur. Patients and healers in the context of culture. An exploration of the borderland between anthropology, medicine and psychiatry. Berkeley, Los Angeles: University of California Press, 1981.

KLIMOVSKY, Gregorio. Las desventuras del conocimiento científico. Buenos Aires: A-Z Editora, 1997.

MARX, K; ENGELS, F. Obras Escogidas, en tres tomos. Moscú: Editorial Progreso, 1974. v. 3

MENÉNDEZ, Eduardo. El Modelo Medico y La Salud de los trabajadores. En: BASAGLIA, Franco y otros. La Salud de los Trabajadores. México: Editorial Nueva Imagen, 1978.

MENÉNDEZ, Eduardo. Morir de Alcohol. México: Editorial Alianza, 1989.

RISSE, G.B. Semmelweis, Ignaz Philipp. Dictionary of Scientific Biography (C.C. Gilespie, ed.). New York: Charles Scribner’s Sons, 1970-1980.

ROMERO, José Luis. Estudio de la mentalidad burguesa. Buenos Aires: Editorial Alianza, 1993.

ROSEN, George. De la política médica a la medicina social. México: Siglo XXI, 1985.

THOMPSON, E.P. Folklore, antropología e historia social. Revista Entrepasados, Buenos Aires, n. 2, 1992 (edición original de 1976).

WILLIAMS, Raymond. Marxismo y Literatura. Barcelona: Península Editores, 1980.

WILLIAMS, Raymond. Cultura: sociología de la comunicación y del arte. Barcelona: Paidós editores, 1982.

Downloads

Publicado

2007-07-15

Como Citar

BOCÓ, R.; BULANIKIAN, G. Caso Semmelweis: al filo del paradigma médico moderno. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 12, n. 1, p. 323–342, 2007. DOI: 10.5433/2176-6665.2007v12n1p323. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/3411. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos