Tecnologias de governo, vigilância e transgressão: um estudo etnográfico sobre as tornozeleiras eletrônicas
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2018v23n1p141Palavras-chave:
Tornozeleiras eletrônicas, Tecnologias de governo, Etnografia dos objetosResumo
Este artigo é resultado de uma pesquisa etnográfica sobre os usos das tornozeleiras eletrônicas, no estado do Rio Grande do Sul/RS. As tornozeleiras eletrônicas são objetos acoplados no tornozelo de apenados criminais como uma alternativa a prisão. O objetivo do trabalho é o de refletir sobre as diferentes formas com que este objeto é colocado em prática pelos diferentes públicos que formam e que são formados por este artefato, como os agentes da segurança, assistentes sociais, juízes e os apenados criminais e suas famílias. O enfoque será nos processos de mediação que acompanham a tornalezeira eletrônica, desde seus objetivos idealizados pelos agentes do Estado - como a criação de novas subjetividades - até as várias acomodações e consequências dessa tecnologia de governo na vida cotidiana dos próprios usuários.Downloads
Referências
BRASIL. Lei nº 12.258, de 15 de junho de 2010. Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e a Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para prever a possibilidade de utilização de equipamento de vigilância indireta pelo condenado nos casos em que especifica.
CAMPELLO, Ricardo. Circulações governadas: o monitoramento eletrônico de presos no Brasil. Aurora: Revista de Arte, Mídia e Política, São Paulo, v. 7, n. 19, p. 51-69, 2014.
CHANTRAINE, Gilles. A prisão pós disciplinar. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, n. 62, p. 79-106, 2006.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
GRAHAM, Stephen et al. The politics of open defecation: informality, body, and infrastructure in Mumbai. Antipode, Worcester, v. 47, n. 1, p. 98-120, 2015.
GUPTA, Akhil. An anthropology of electricity from the global south. Cultural Anthropology, USA, v. 30, n. 4, p. 555-568, 2015.
LARKIN, Brian. The politics and poetics of infrastructure. Annual Review of Anthropology, USA, v. 42, p. 327-343, 2013.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. São Paulo: Editora 34, 1994.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Bauru: Edusc, 2012.
LAW, Jonh; BIJKER, Wiebe. Shaping Technology/ Building society: Studies in sociotechnical chance. The MIT Press, 1992
LAW, John; MOL, Annemarie. Situating technoscience: an inquiry into spatialities. Environment and planning D: society and space, Thousand Oaks, v. 19, n. 5, p. 609-621, 2001.
MARCUS, George. Ethnography in/of the world system: the emergence of multisited ethnography. Annual Review of Anthropology, Palo Alto, v. 24, p. 95-117, 1995.
MILLER, Peter; ROSE, Nikolas. Governing economic life. Foucault's New Domains, v.19, n.1, 1993
MOL, Annemarie; LAET, Marianne. The zimbabwe bush pump. mechanics of a fluid technology, Social Studies of Science, London, v. 30, n. 2, p. 225-263, 2000.
ONG, Aihwa. Buddha is hiding: refugees, citizenship, the new America. California: University of California Press, 2003.
ROSE, Nicolas. Powers of freedom: reframing political thought. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
SCHNITZLER, Antina. Traveling technologies: infrastructure, ethical regimes, and the materiality of politics in South Africa. Cultural Anthropology, USA, v. 28, n. 4, p. 670-693, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Helena Patini Lancellotti

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






























