O susto e a ordem: o barroco como ferramenta de análise da formação do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2016v21n2p71Palavras-chave:
Barroco, Brasil, Colonização, SociedadeResumo
Expondo a relevância do Barroco enquanto possibilidade de interpretação do Brasil, toma-se como pressuposto as dúvidas lançadas pelo mundo moderno à constituição do sujeito ibérico e, igualmente, português. Desse modo, diante dos questionamentos promovidos à sua cosmologia, de tradição tomista, e da derrota deste projeto, tal como formulado por Richard Morse, pretende-se observar como esses elementos se enveredam na colonização do Brasil. A nova terra, contudo, leva às últimas consequências seus questionamentos, restando apenas o Barroco enquanto alternativa para a construção de algum sentido para sua vida e, consequentemente, a construção de um novo povo.Downloads
Referências
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Garnier, 2000.
ARGAN, Giulio Carlo. Renacimiento y Barroco I: de Giotto a Leonardo da Vinci. Madrid: Alral Ediciones, 1996.
ARGAN, Giulio Carlo. Renacimiento y Barroco II: de Miguel Ángel a Tiépolo. Madrid: Alral Ediciones, 1996.
ARGAN, Giulio. Imagem e persuasão: ensaios sobre o Barroco. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
AZEVEDO, João Lúcio. História do Padre Antonio Vieira. São Paulo: Alameda, 2008.
BARBOZA FILHO, Rubem. Tradição e artifício: iberismo e barroco na formação americana. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2000.
BENJAMIN, Walter. El origen del Trauerspiel alemán. Madrid: Abada Editores, 2012.
BOXER, Charles. O império colonial português. Lisboa: Edições Lisboa, 1977.
CAMPOS, Haroldo. Barroco literário brasileño. In: HARO, Pedro Aullón. Barroco. Madrid: Editorial Verbum, 2004. p. 1109-1116. (Serie Teoría Crítica).
CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos 1750-1880. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
CARDOSO, Fernando Henrique. Prefácio. In: FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.
CERVANTES, Miguel. El ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha. Barcelona: Planeta, 2004.
CHAUNU, Pierre. La civilisation de l'Europe classique. Paris: Arthau, 1966.
CHECA, Fernando; MORÁN, José Miguel. El Barroco. Madrid: Istmo, 2001.
COSENTINO, Francisco Carlos. Governadores gerais do Estado do Brasil (séculos XVIXVII): ofício, regimentos, governação e trajetórias. São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: Fapemig, 2009.
COSTA, Emília Viotti. Da senzala à colônia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998.
D'ORS, Eugenio. Du Baroque. Paris: Gallimard, 1968.
DE LA FLOR, Fernando. Pasiones frías: secreto y disimulación en el Barroco hispano. Madrid: Marcial Pons Historia, 2005.
DELEUZE, Gilles. El pliegue: Leibniz y el Barroco. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1988.
ECHEVERRÍA, Bolívar. La modernidade de lo Barroco. México D. F.: Ediciones Era, 2011.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São Paulo: Editora Globo, 1997.
FARIA, Sheila de Castro. A colônia em movimento: fortuna e família no cotidiano colonial. Rio de Janeiro: Editora nova Fronteira, 1998.
FERLINI, Vera. Terra, trabalho e poder: o mundo dos engenhos no Nordeste colonial. Bauru: EDUSC, 2003.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.
GOMES, Dias. O pagador de promessas. Rio de Janeiro: Bertran, 2008.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Petrópolis: Vozes, 2012.
HIRSCHMAN, Albert. A retórica da intransigência: perversidade, futilidade e ameaça. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
HOBBES, Thomas. O leviatã: ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Visão do paraíso: os motivos edênicos do descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1977.
MACHADO, Lourival Gomes. Barroco mineiro. São Paulo: Perspectiva, 2003.
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Porto Alegre: L&PM, 2012.
MORSE, Richard. O espelho de próspero: cultura e idéias nas Américas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SKINNER, Quentin. Maquiavel. Porto Alegre: L&PM, 2010.
VILLACAÑAS, José Luis. Gracián en el paisaje filosófico alemán: una lectura desde Walter Benjamin, Arthur Schopenhauer y Hans Blumenberg. In: HARO, Pedro Aullón de. Barroco. Madrid: Editorial Verbum, 2004. p. 697-718. (Serie Teoría Crítica).
VITORIA, Francisco de. Relecciones teológicas. Madrid: Librería Religiosa Hernández, 1917.
WEBER, Max. Economia e sociedade. Brasília: Editora da UnB, 1999.
WEISBACH, Werner. El Barroco: arte de la contrarreforma. Madrid: Espasa-Calpe, 1948.
WÖLFFLIN, Heinrich. Renascença e Barroco: estudo sobre a essência do estilo Barroco e a sua origem na Itália. São Paulo: Perspectiva, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Wallace Faustino da Rocha Rodrigues

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






























