BNCC e Inglês como Língua Franca: do limão faremos uma limonada?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2025v25n1p212-234

Palavras-chave:

BNCC; Inglês como Língua Franca; Desafios pedagógicos.

Resumo

Com a publicação da versão final da BNCC (Brasil, 2017), o componente Língua Estrangeira Moderna muda para Língua Inglesa, tendo como novidade o conceito de Inglês como Língua Franca (ILF). As implicações da adoção do ILF têm sido pauta de discussões, pesquisas e inúmeras sessões voltadas para a educação docente, seja em formação inicial ou continuada. Alcunho esses desafios como limões e, neste texto, busco trazer reflexões a partir de dois trabalhos de caráter documental supervisionados durante um curso de especialização em Língua Inglesa na Universidade Federal do Acre, campus Rio Branco. Propondo de forma lúdica que, apesar dos entraves, é possível fazer desses limões uma limonada, desde que se invista seriamente em formação docente. Discuto também como professores de inglês da educação básica estão lidando com as demandas perpetradas pela BNCC a partir da confecção e implementação das diretrizes curriculares estaduais espelhadas no documento orientador.

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Biografia do Autor

Domingos Sávio Pimentel Siqueira, Universidade Federal da Bahia

Doutor em Letras e Linguística (UFBA). Professor Associado do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, Bolsista Produtividade CNPq.

 

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Arquivos adicionais

Publicado

22-04-2025

Como Citar

SIQUEIRA, Domingos Sávio Pimentel. BNCC e Inglês como Língua Franca: do limão faremos uma limonada?. Entretextos, Londrina, v. 25, n. 1, p. 212–234, 2025. DOI: 10.5433/1519-5392.2025v25n1p212-234. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/51750. Acesso em: 5 dez. 2025.

Dados de financiamento