Sequência didática do gênero carta de reclamação: validação com foco na transposição didática externa

Autores

  • Eliana Merlin Deganutti Barros Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
  • Samandra de Andrade Corrêa Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) https://orcid.org/0000-0002-1412-6718

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2023v23n1Espp77-100

Palavras-chave:

Validação didática, Material didático, Sequência didática de gêneros

Resumo

Os dados analisados neste trabalho são gerados pela pesquisa de mestrado de XX (2021), cujo objetivo foi validar a elaboração de uma sequência didática do gênero (SDG) carta de reclamação elaborada pela pesquisa. Neste trabalho, a finalidade é apresentar a análise realizada a partir de duas categorias selecionadas para o processo de validação da SDG, no âmbito da transposição didática externa: o princípio da indução e a variação das atividades; categorias essas depreendidas, na etapa exploratória da pesquisa, da sistematização teórica que fundamenta a metodologia das SDG (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004; BARROS, 2020). O aporte teórico da pesquisa é, consequentemente, a vertente didática dos estudos do Interacionismo Sociodiscursivo (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004), sobretudo, no que se refere ao ensino da língua por meio das SDG. Metodologicamente, a pesquisa ancora-se no campo da Linguística Aplicada, na abordagem qualitativa-interpretativa do tipo documental. Os resultados apontam a importância da validação didática no processo de formação docente, mesmo no nível da transposição didática externa, ou seja, validação do material elaborado para a condução da SDG, antes da implementação em um contexto de ensino, uma vez ela proporciona um processo metacognitivo de reflexão muito importante para a formação docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliana Merlin Deganutti Barros, Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Doutorado em estudos da Linguagem (UEL). Professora associada da UENP. Atua na graduação em Letras, Especialização em Ensino da Língua Portuguesa, Mestrado profissional em Letras em Rede (ProfLetras) e Mestrado Profissional em Ensino (PPGEN). Líder do Grupo de Pesquisa DIALE. Membro do Projeto em Rede LILA - Laboratórios Integrados de Letramentos Acadêmicmo-Científicos. 

Samandra de Andrade Corrêa, Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Mestre em Ensino pela UENP.

Referências

BARROS, Eliana Merlin Deganutti. A metodologia das sequências didáticas de gêneros sob a perspectiva do conceito interacionista de ZPD. In: BRADILEONE, Ana Paula Franco; OLIVEIRA, Vanderleia da Silva. Literatura e língua portuguesa na educação básica: ensino e mediações formativas. Campinas: Pontes, 2020. p.127-144.

BARROS, Eliana Merlin Deganutti de. Gestos de ensinar e aprender gêneros textuais: a sequência didática como instrumento de mediação. 2012. 366 f. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000171939. Acesso em: 30 nov. 2022.

BARROS, Eliana Merlin Deganutti de; CORDEIRO, Glaís Sales. A validação da metodologia das sequências didáticas de gêneros sob a perspectiva do gesto didático de ativação da memória das aprendizagens. In: BARROS, Eliana Merlin Deganutti de; CORDEIRO, Glaís Sales; GONÇALVES, Adair Vieira (org.). Gestos didáticos para ensinar a língua: agir docente e gêneros textuais. Campinas: Pontes, 2017. p. 217-249.

BRASIL, CAPES. Documento de Área – Ensino. Brasília: CAPES, 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.

BRONCKART, Jean-Paul. Restrições e liberdades textuais, inserção social e cidadania. Revista da Anpoll, v. 1, n. 19, 2005. DOI: https://doi.org/10.18309/anp.v1i19.467. Disponível em: https://revistadaanpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/467. Acesso em: 20 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.18309/anp.v1i19.467

BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2. reimpressão. São Paulo: EDUC, 2003.

CHEVALLARD, Yves. On didactic transposition theory: some introductory notes. 1989. Disponível em: <http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/rubrique.php3?id_rubrique=6>. Acesso em: 17 nov. 2022.

XX, 2021

XX; XX, 2021

DE PIETRO, Jean-François; SCHNEUWLY, Bernard. O modelo didático do gênero: um conceito da engenharia didática. In: NASCIMENTO, Elvira Lopes (org.). Gêneros textuais: da didática das línguas aos objetos de ensino. 2. ed. Campinas: Pontes Editores, 2014. p. 51-81.

DOLZ, Joaquim. Entrevista com Prof. Dr. Joaquim Dolz, da Universidade de Genebra (Suíça). [S. l.]. 2020. 1 vídeo (1h31min30s). Publicado pelo canal GP DIALE Diálogos Linguísticos e Ensino. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lGulajUf1Ok. Acesso em: 05 set. 2022.

DOLZ, Joaquim. Claves para enseñar a escribir. LEER.ES, 2009. Disponível em: http://leer.es/recursos/escribir/detalle//asset_publisher/3fAFCQK7mwkO/content/claves-para-ensenar-a-escribir-joaquim-dolz. Acesso em: 18 nov. 2022.

DOLZ et al. Chapitre 3: Méthodologie. In: DOLZ, Joaquim; GAGNON, Roxane. Former à enseigner la production écrite. Les Villeneuve d’Ascq – France: Presses universitaires du Septentrion, 2018. p. 117-138. DOI: https://doi.org/10.4000/books.septentrion.26963

DOLZ, Joaquim; GAGNON, Roxne; DECÂNDIO, Fabrício. Uma disciplina emergente: a Didática das Línguas. In: NASCIMENTO, Elvira Lopes (org.). Gêneros textuais: da didática das línguas aos objetos de ensino. 2. ed. Campinas: Pontes Editores, 2014. p. 21-50.

DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michele; SCHNEUWLY, Bernard. Sequência Didática para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (org.). Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. São Paulo: Mercado das Letras, 2004, p. 95-128.

FLICK, Uwe. Desenho da pesquisa qualitativa. Trad. Roberto C. Costa. Porto Alegre: Artmed, 2009.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

MOREIRA, Marco Antônio. A teoria da mediação de Vygotski. In: MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de aprendizagem. 2.ed. São Paulo: E.P.U, 2015, p.107-120.

PASQUIER, Auguste; DOLZ, Joaquim. Um decálogo para ensinar a escrever. Tradução de Roxane Helena Rodrigues Rojo. Cultura y Educación, Madrid, n. 2, p.1-9. 1996. Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/arquivos/4928/um-decalogo-dolz-pasquier.pdf. Acesso em: 20 nov. 2022.

SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (org.). Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. São Paulo: Mercado das Letras, 2004.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem. Trad. Jefferson L. Camargo. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

Downloads

Publicado

14-04-2023

Como Citar

BARROS, Eliana Merlin Deganutti; CORRÊA, Samandra de Andrade. Sequência didática do gênero carta de reclamação: validação com foco na transposição didática externa. Entretextos, Londrina, v. 23, n. 1Esp, p. 77–100, 2023. DOI: 10.5433/1519-5392.2023v23n1Espp77-100. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/47438. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Dossiê: Sequências Didáticas de Gêneros: uma homenagem do grupo de pesquisa Linguagem e Educação (LED) ao Professor Joaquim Dolz