Limitação do uso da L1 e seu impacto na aprendizagem de L2: um estudo longitudinal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2022v22n2Esp.p63

Palavras-chave:

L1 no aprendizado de L2, L1/L2 em programas imersivos, Alemão como Língua Estrangeira.

Resumo

Nas últimas décadas, escolas bilíngues foram amplamente criadas no Brasil. Dentro desse universo educacional plurilíngue, a abordagem imersiva de uma segunda língua (L2) ganha espaço, e uma questão contumaz desse enfoque converge para o uso apropriado da primeira língua (L1) no aprendizado da língua-alvo. O atual trabalho traz uma reflexão sobre a relação L1–L2 em salas de aula de aprendizado de alemão como língua estrangeira, e, para esse fim, foi conduzido um estudo de dois anos no ensino fundamental de uma escola bilíngue no Brasil. O estudo empírico, predominantemente qualitativo, procurou examinar o rendimento escolar de aprendizado da L2 de dois grupos — o grupo do experimento, com a limitação do uso da L1, e o grupo de controle, com uso oportunizado da L1. Os resultados geraram princípios orientadores, com o objetivo de ajudar docentes de L2 a tomar decisões sobre suas escolhas de uso do idioma na sala de aula de imersão, pois, se de um lado a limitação do uso da L1 proporciona uma melhor prontidão, por parte das/dos aprendizes, para comunicação na língua-alvo, por outro, ela pode ser limitadora de participação em contextos de aprendizado de uma segunda língua.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Beatriz Vasques de Araujo, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Mestre em linguística pela Universidade Federal do Paraná e pela Universität Leipzig. Professora do Colégio Suíço de Brasileiro de Curitiba.

Referências

BACHMANN, L.; FONTANA, N. M. A habilidade comunicativa de linguagem. Revista Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 6, n. 1, p. 77–128, 2003.

BASSANI, I. S. Fundamentos linguísticos: bilinguismo e multilinguismo. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2015.

CENTENO-CORTÉS, B.; JIMÉNEZ, A. F. Problem-solving tasks in a foreign language: the importance of the L1 in private verbal thinking. International Journal of Applied Linguistics, Lovaina, v. 14, n. 1, p. 7–35, fev. 2004. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1473-4192.2004.00052.x

COOK, V. J. Using the first language in the classroom. Canadian Modern Language Review, Toronto, v. 57, n. 3, p. 402–423, mar. 2001. DOI: https://doi.org/10.3138/cmlr.57.3.402

CORDER, S. P. Error analysis, interlanguage, and second language acquisition. Language Teaching, Cambridge, v. 8, n. 4, p. 201–218, out. 1975. DOI: https://doi.org/10.1017/S0261444800002822

DICAMILLA, F. J.; ANTÓN, M. Functions of L1 in the collaborative interaction of beginning and advanced second language learners. International Journal of Applied Linguistics, Lovaina, v. 22, n. 2, p. 160–188, jul. 2012. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1473-4192.2011.00302.x

DÖRING, N.; BORTZ, J. Forschungsmethoden und evaluation in den sozial- und humanwissenschaften. 5. ed. Berlin: Springer-Verlag, 2016. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-642-41089-5

HAATAJA, K.; WICKE, R. E. Fach-und sprachintegriertes lernen in der zielsprache deutsch (CLILiG). Fremdsprache Deutsch, Berlin, v. 27, n. 54, p. 3–9, abr. 2016. DOI: https://doi.org/10.37307/j.2194-1823.2016.54.03

HOUSEN, A.; PIERRARD, M. (org.). Investigating instructed second language acquisition. Berlin: De Gruyter Mouton, 2005. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110197372.0.1

KRASHEN, S. D. Principles and practice in second language acquisition. Oxford: Pergamon, 1982.

LAMBERT, W. E.; TUCKER, G. R. Bilingual education of children: the St. Lambert experiment. Rowley: Newbury House Publishers, 1972.

MELLO, H. A. B. Educação bilíngue: uma breve discussão. Horizontes de Linguística Aplicada, Goiás, v. 9, n. 1, p. 118–140, jul. 2011. DOI: https://doi.org/10.26512/rhla.v9i1.818

SPRANZ-FOGASY, T.; DEPPERMANN, A. Teilnehmende Beobachtung in der Gesprächsanalyse. In: BRINKER, K.; ANTOS, G.; HEINEMANN, W.; SAGER, S. F. (org.). Text- und gesprächslinguistik. ein internationales handbuch zeitgenössischer Forschung. Berlin: De Gruyter, 2001. v. 2, p. 1007–1013. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110169188.2.14.1007

STEBLER, R.; MERKI, K. M. (org.). Zweisprachig lernen: prozesse und wirkungen eines immersiven ausbildungsganges an gymnasien. Münster: Waxmann, 2010.

SWAIN, M. Communicative competence: Some Roles Of Comprehensible Input And Comprehensible Output In Its Development. In: GASS, S.; MADDEN, C. (org.). Input in second language acquisition. Rowley: Newbury House, 1985. p. 235–253.

SWAIN, M. Collaborative dialogue: its contribution to second language learning. Revista Canaria de Estudios Ingleses, San Cristobal de La Laguna, v. 34, p. 115–132, 1997.

SWAIN, M. The output hypothesis: theory and research. In: HINKEL, E. (org.) Handbook of Research in Second Language Teaching and Learning. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 2005. p. 471–483.

SWAIN, M.; LAPKIN, S. A Vygotskian sociocultural perspective on immersion education: the L1/L2 debate. Journal of Immersion and Content-Based Language Education, Amsterdam, v. 1, n.1, p. 101–129, jan. 2013. DOI: https://doi.org/10.1075/jicb.1.1.05swa

WERTSCH, J. V. Vygotsky and the social formation of mind. Cambridge: Harvard University Press, 1985.

Downloads

Publicado

30-11-2022

Como Citar

VASQUES DE ARAUJO, Ana Beatriz. Limitação do uso da L1 e seu impacto na aprendizagem de L2: um estudo longitudinal. Entretextos, Londrina, v. 22, n. 2Esp., p. 63–82, 2022. DOI: 10.5433/1519-5392.2022v22n2Esp.p63. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/45188. Acesso em: 4 nov. 2024.