Número actual

Vol. 18 (2024): Fluxo Contínuo 2024
					Ver Vol. 18 (2024): Fluxo Contínuo 2024

A Revista Domínios da Imagem apresenta os trabalhos aprovados para integrarem volume 18 do ano de 2024, na publicação em fluxo contínuo.

Publicado: 2024-12-01

Artigos gerais

  • Baile perfumado desde el registro hasta la revisión

    Heverton da Silva Guedes
    1-12
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.49705
  • Instantes confinados un análisis de la fotografía como testimonio visual del Covid-19

    Adriel Henrique Francisco Cassini
    1-23
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.49478
  • La moda portuguesa a principios del siglo XIX

    Charles Roberto Ross Lopes
    1-23
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.49820
  • La fotografía como referente de la pintura Notas historicas

    Priscilla Pessoa, Eluíza Ghizzi
    1-29
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.49500
  • ¿Cómo mirar las imágenes? La experiencia del luto en la Primera Guerra Mundial a partir de la obra de Käthe Kollwitz (1914-1945)

    Renata Monteiro
    1-23
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.50109
Ver todos los números

CHAMADA ABERTA PARA DOSSIÊ - FILOSOFIA DA IMAGEM (vol. 19, 2025)

Organização: Dra. Andrea Cachel (UEL), Dra. Christiani Margareth de Menezes e Silva (UEL) e Me. Pedro Monte Kling (UFPR)

Prazo para envio de artigos: 10 de abril de 2025

A relação da filosofia com a imagem instaura-se desde o seu início, seja pelo estabelecimento de oposição, seja pela defesa de uma complementariedade entre o conhecimento conceitual e o imagético. Afinal, implicando desmembramentos fundamentais no campo da epistemologia, da política e da ética, o questionamento acerca do papel da imagem na vida humana esteve sempre presente nos estudos dos autores clássicos da filosofia.

Desde os mitos gregos tradicionais, com imagens de seres sobrenaturais, aventuras e heróis fantásticos, assim como a crítica feita pelos primeiros filósofos na desconstrução desses, a imagem se relaciona com diversas noções filosóficas importantes, como a de mimesis, quando os pensadores procuraram entender o que pintores, escultores e poetas expressam em suas obras. Da mesma forma, o questionamento do estatuto da imagem esteve atrelado à questão de como, a partir de nossas percepções, as imagens nos auxiliam a inteligir acerca da origem do cosmos, das nossas ações e escolhas, de como conhecemos o mundo e de como justificamos tal conhecimento.

Além disso, a priorização na Modernidade da ideia de representação trouxe ao centro do debate assuntos ligados a uma outra dimensão da imagem, tais como o papel do sujeito na constituição da experiência, fazendo emergir problemáticas como o realismo indireto, além das questões concernentes ao espaço e tempo, por exemplo. No plano da estética, reflexões acerca do juízo de gosto tornam-se fundamentais para os filósofos, dentre os quais Hume e Kant se destacam. Em contraponto, surgem nesse contexto também, paulatinamente, possibilidades de leituras que enfatizam a imediaticidade da imagem, em oposição ao seu caráter mimético e representativo. Ademais, passa a ser fomentada toda uma perspectiva de abordagem acerca da imagem ligada à noção de antiteatralidade, que tem em Diderot seu precursor.

As análises mais contemporâneas acerca da pintura, da fotografia e do cinema consolidam algumas dessas discussões e abrem espaço para temas originais. Em Deleuze e Nancy, a indicação de uma imagem como força e não como mera cópia. Em Didi-Huberman, a ênfase na importância de uma imagem “que nos olhe”. Em Arthur Danto, a ponderação de uma pergunta fundamental: o que é a arte, após a emergência de trabalhos como o de Andy Warhol? Na obra de Greenberg, a discussão acerca do que caracteriza a arte moderna, inclusive ponderando-se a sua conexão com a filosofia kantiana. No que se refere à fotografia, leituras essenciais como as de Barthes, Flusser, Bazin e Kendall Walton, em perspectivas distintas, mostram como a criação dessa linguagem artística rompe com a relação outrora estabelecida entre imagem e realidade. Além disso, questionamentos quanto ao modo como uma imagem-tempo possa engendrar o pensamento ou como um mundo projetado na tela aprofunda o ceticismo sobre o objeto exterior e sobre os outros sujeitos, para nos referirmos aqui a dois marcos fundamentais da filosofia do cinema (Deleuze e Stanley Cavell), evidenciaram como os filmes podem ser fontes profícuas do fazer filosófico.

Assim, muitas são as possibilidades de análises filosóficas sobre a imagem, as quais podem permear toda a diversidade de áreas e períodos desse campo do saber. Nesse cenário, o Dossiê Filosofia da Imagem pretende contemplar toda essa miríade de temas, de perspectivas e de autores. Nesse sentido, são bem-vindos textos que pensem a relação entre a filosofia e a imagem, o papel da sensação e da imaginação na política e na ética, a ideia de representação e suas implicações, o juízo de gosto, a antiteatralidade nas artes visuais, as perspectivas indexicais da imagem, além de análises concernentes à ontologia da pintura, do cinema e da fotografia, dentre outras.