A palavra revidada: um estudo sobre "Querem nos Calar" - poemas para serem lidos em voz alta
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2024v19.e49854Palabras clave:
Autoria feminina, Poetry slam, Corpo, VozResumen
Destacando-se em meio à diversidade da poesia brasileira de autoria feminina, o poetry slam tem se tornado palco em espaços sociais de reivindicação, utilizando a poesia em seu caráter manifestador, democrático e pautado na liberdade de expressão. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo investigar, nessa poesia, a desarticulação dos silenciamentos historicamente impostos às mulheres feita pelo sujeito lírico feminino por meio da reivindicação da posse da fala. O corpus é constituído por poemas que compõem a antologia Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta, organizada por Mel Duarte, a saber: “não” (Bell Puã), “EU, MANIFESTO” (Danielle Almeida), “MANIFESTO” (Luiza Romão) e “não serei anônima” (Ryane Leão). Metodologicamente, dividimos em duas categorias a análise dos poemas: Não seremos anônimas, que ressalta o rompimento dos silenciamentos vivenciados pelas mulheres, e Nós manifestamos, que trata da palavra como revide e sinônimo de resistência. Essas categorias são apreendidas observando-se textualmente a inserção da voz e do corpo femininos. Por fim, em termos teóricos, nos apoiamos nos estudos de Bell Hooks (2020), Djamila Ribeiro (2017), Roberta Estrela D’alva (2019), Audre Lorde (2020), entre outras e outros.
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Citas
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