Bildung (formação) como viagem é a experiência da alteridade
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2018v13.e35126Palavras-chave:
Destino, Bildung, Formação, Travessia, Alteridade.Resumo
O texto reflete o viver como imprecisão e não-domínio. Busca contribuir com a ampliação do sentido do conceito de formação (Bildung), pois, enquanto viagem, ele designa um movimento dinâmico e hermenêutico que nos põem entre a estranheza e familiaridade. É central a pergunta pelo que nos tornamos, e, parte em direção ao movimento misterioso que conduz a vida, sabendo que a marca do mesmo é imprecisão, inconstância, confronto, fronteira, travessia. O outro é compreendido como presença que desestabiliza de forma que o crescimento não está no retornar a si mesmo, mas em reconhecer um mundo infinito jamais dominável ou conceitualizável. Esse é o sentido geral da experiência da alteridade. Como experiência formativa questiona-se o retorno a si mesmo a partir do outro, orientando a deixar valer em nós, algo que é contra nós. Com categoria de Destino perguntamos pelo tempo da formação, o qual, ao contrário de forças pragmáticas e utilitaristas, não pode ser entendido como fluxo, nem mesmo possui um fim. Dessa forma as experiências formativas, que devem necessariamente conceber a dinâmica da vida, abrem-se não só às certezas do viver, mas, sobretudo à possibilidade do incerto.
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