Narrativas caipiras e a reinvenção do quotidiano na paulistânia
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e32955Palavras-chave:
Caipira, Oralidade, Narração, Literatura e sociedade.Resumo
A partir do relato de pesquisa realizada no bairro Boa Vista, em Caçapava (SP), pretendeu-se analisar atuações de contadores de histórias nos bairros rurais da região denominada por Antonio Candido, em Os parceiros do Rio Bonito, de Paulistânia caipira. Considerando-se que os modos tradicionais de narrar tais como Candido descreveu não existem mais na região pesquisada, e que a narração acontece em outras configurações sociais, decidimos analisar entrevistas em áudio de modo a descrever essas novas práticas narrativas. Deste modo, buscou-se discutir de que forma as narrativas orais contadas no cotidiano podem ser consideradas como práticas de ressignificação da realidade e de criação, mesmo após mudanças socioeconômicas agressivas, que produzem narradores não legítimos e sociedades comunidades fragmentadas, colocando em questão a possibilidade de existência de narração em meios em via de urbanização.
Referências
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história e da cultura. (Obras escolhidas). São Paulo: Brasiliense, v.1, 1994.
BENTES, Anna Christina. A arte de narrar: da constituição das estórias e dos saberes dos narradores da Amazônia paraense. 2001, 313f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas. São Paulo.
BORGES, Daniel Batista Lima. Narrativas caipiras: trilhas que se refazem. 2014, 210f. Dissertação (Mestrado em Teoria e História Literária) – Universidade Estadual de Campinas. São Paulo.
BORGES, Daniel Batista Lima. Causos: uma festa na roça. 2010, 90f. Monografia (Graduação em Letras) –Universidade de Taubaté, Taubaté. São Paulo.
BORSOI, Diogo Fonseca. O mundo urbano colonial: norma e conflito em Mariana /MG (1740 a 1808). Revista Espacialidades, v. 4, p. 1-.24, 2011. Disponível em: <http://cchla.ufrn.br/espacialidades/v4n3/Diogo.pdf>. Acesso em: 07/11/2017
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A festa do santo de preto. Rio de Janeiro: FUNARTE/Instituto Nacional do folclore, 1985.
CANDIDO, Antonio. Os parceiros do Rio Bonito. Estudos sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. 11. ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2010.
CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Ediouro,1972.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Tradução de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
CORDOVA, V. S.; VITAL, J., Territorialidades caipiras: o ser e a identidade do lugar. In: Iluminuras, Porto Alegre, v. 17, n. 41, p.80-96, 2016.
FAUSTO, Bóris. História concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, IMESP, 2000.
LESSA, Simone Narciso. São José dos Campos: o planejamento e a construção do Pólo regional do Vale do Paraíba. 2001, 203f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas. São Paulo.
OJEDA, Vicente de Capitani. Gestão de obras habitacionais construídas por mutirão. 2010, 125f. Tese (Engenharia de Construção Civil e Urbana) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo.
SEVCENKO, Nicolau. No princípio era o ritmo: as raízes xamânicas da narrativa. In: RIEDEL, Dirce Côrtes (Org.). Narrativa: ficção e história. Rio de Janeiro: Imago, 1988.
JACKSON, Luís Carlos. O Brasil dos caipiras. Literatura e sociedade, São Paulo, n. 12, p. 74-87, 4. dec. 2009. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ls/article/view/25201/26987>. Acesso em: 15 out. 2017.
JOLLES, Andrés. Formas simples. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Cultrix, 1976.
MATIAS, Fernando. O significado da ironia no romance 'Triste fim de Policarpo Quaresma', de Lima Barreto. 2015, 236f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas. São Paulo. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/279768>. Acesso em: 15 out. 2017.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de história oral. Loyola – São Paulo, 5. ed. 1996.
RICOEUR, Paul. Temps et récit. Paris: Points, 2009.
SPERBER, Suzi Frankl. Ficção e razão: uma retomada das formas simples. São Paulo: FAPESP, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution CC-BY 4.0 International