Um contador de histórias na cidade: desafios para o pesquisador

Autores

  • Alessandra Bittencourt Flach Faculdade Porto-Alegrense (FAPA)

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31691

Palavras-chave:

Narrativas orais urbanas, Registro audiovisual, Restinga

Resumo

Qual o lugar do contador de histórias na pós-modernidade? A partir do relato de pesquisa realizada no bairro Restinga, em Porto Alegre (RS), pretende-se analisar o papel do contador de histórias na atualidade. De forma mais específica, pela análise de um registro em vídeo, busca-se discutir de que forma as narrativas orais em nosso cotidiano podem conter elementos estéticos que a tornem interessantes e passíveis de serem abordadas no âmbito dos estudos orais. O que se pode perceber é que, sob novas linguagens e recursos, contar histórias é uma prática essencial em qualquer sociedade, capaz de estabelecer vínculos, construir identidades coletivas e reafirmar a própria identidade.

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Biografia do Autor

Alessandra Bittencourt Flach, Faculdade Porto-Alegrense (FAPA)

Doutora em Letras (UFRGS). Professora de Língua e Literatura Portuguesa da Faculdade Porto-Alegrense (FAPA).

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Publicado

2014-10-30

Como Citar

Flach, A. B. (2014). Um contador de histórias na cidade: desafios para o pesquisador. Boitatá, 9(18), 16–37. https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31691

Edição

Seção

Dossiê

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