Imagens da cegueira: referências intermidiáticas a pinturas no romance Ensaio sobre a cegueira
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2021v41p58Palabras clave:
Literatura, Pintura, Referências intermidiáticas.Resumen
Esse artigo faz uma leitura do diálogo entre literatura e pintura no romance de José Saramago, Ensaio sobre a cegueira (1995). Trataremos de dois momentos no romance nos quais há referências a pinturas famosas: o primeiro, relatado pelo narrador anônimo, que associa o status quo da cidade tomada pela cegueira a uma pintura; o segundo, relatado por um personagem, também anônimo, que descreve os últimos quadros que viu em um museu antes de cegar. As descrições dessas pinturas intensificam o estado desesperador em que vivem as personagens, assim como a descrição do narrador ratifica a afirmação bíblica que cegos são incapazes de conduzir. O manicômio é o lugar para onde são levadas todas as pessoas que ficam cegas, até o momento em que não resta, aparentemente, nenhuma pessoa que não esteja cega na cidade, a não ser a mulher do médico. Para explorarmos os tipos de diálogo existentes entre literatura e pintura, apresentaremos conceitos de écfrase, evocação, alusão, descrição pictural, concebidos por Liliane Louvel, Claus Clüver, Irina Rajewsky e Werner Wolf.Descargas
Citas
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