O agente criativo como crítico de processo
práticas transversais da criação
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2024vol44n1p24Palavras-chave:
Agente criativo, Crítico de processo, Práticas transversais, Processos de criaçãoResumo
Conscientes da necessidade de discutir a reflexividade como componente fundamental da prática criativa, este artigo enumera e discute os aspectos gerais do agente criativo enquanto crítico de processo, numa perspectiva transversal da história da arte. A discussão do agente criativo, para além das fronteiras da academia, conduz-nos, inevitavelmente, às produções conceptuais e teóricas organizadas que derivam da reflexão sobre os próprios processos criativos. Dessa forma, partimos do exame das competências gerais do crítico de processo no âmbito acadêmico, segundo os estudos de Processos de Criação da PUC/SP, para, em seguida, apontar algumas das capacidades do agente por meio de diferentes projetos de publicação até a experimentação contemporânea. Esta investigação fornece um mapeamento de manifestações da produção reflexiva, incluindo o trabalho crítico sobre o próprio fazer, discussões sobre o fazer de outros artistas, reflexões sobre documentos processuais próprios ou de outros. Assim, o artigo pretende contribuir para a discussão do agente como sujeito a partir de práticas criativas e críticas movidas pela necessidade de comunicação. Apresenta também a abordagem da transversalidade como uma abordagem essencial para a realização de recorrências em diferentes contextos de ação.
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