O silício não alivia os efeitos adversos do estresse hídrico em plantas de soja

Autores

  • Viviane Ruppenthal Universidade Federal do Ceará
  • Tiago Zoz Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Fábio Steiner Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Maria do Carmo Lana Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Deise Dalazen Castagnara Universidade Federal dos Pampas

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n6p3941

Palavras-chave:

Glycine max, Déficit hídrico, Extravasamento de eletrólitos das células, Atividade de peroxidase.

Resumo

Os efeitos benéficos do silício (Si) no crescimento das plantas sob condições de déficit hídrico têm sido associados com a capacidade de absorção e acumulação deste elemento pelas deferentes espécies de plantas. No entanto, os efeitos de Si na cultura da soja em condições de déficit hídrico ainda são incipientes e inconclusivos. Este estudo investigou o efeito da aplicação de Si, como forma de conferir maior tolerância da soja ao estresse hídrico. O experimento foi conduzido em vasos de 20 L em condições de casa de vegetação. Os tratamentos foram dispostos em um delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 × 4: dois regimes hídricos (sem ou com estresse hídrico) e quatro doses de Si (0, 50, 100 e 200 mg kg–1). As plantas de soja foram cultivadas até o início do florescimento (R1) com a teor de umidade do solo próximo à capacidade de campo, e então começou a diferenciação dos tratamentos sob déficit hídrico mediante a suspensão do fornecimento de água. Alterações no conteúdo relativo de água (CRA), extravasamento de eletrólitos das células, atividade de peroxidase, nutrição e crescimento das plantas foram mensurados após 7 dias de expossição do déficit hídrico e após 3 dias de recuperação. O CRA das folhas de soja diminuiu com a aplicação das doses de Si no solo. A aplicação de Si em solo com teor médio desse elemento resultou na redução da produção de matéria seca da soja no tratamento sem déficit hídrico e não causou efeito na produção de matéria seca em condições de déficit hídrico. O Si estimulou os mecanismos de defesa das plantas de soja, que não foram suficientes para minimizar os efeitos negativos no CRA e para aumentar a produção de matéria seca das plantas em condições de défict hídrico. A absorção de nitrogênio pelas plantas de soja foi reduzida com a aplicação de Si em condições de déficit hídrico.

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Biografia do Autor

Viviane Ruppenthal, Universidade Federal do Ceará

Drª em Agronomia, Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará, UFC, Fortaleza, CE, Brasil.

Tiago Zoz, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Prof. Adjunto, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS, Cassilândia, MS, Brasil.

Fábio Steiner, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Prof. Adjunto, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS, Cassilândia, MS, Brasil.

Maria do Carmo Lana, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Profª Adjunto, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Deise Dalazen Castagnara, Universidade Federal dos Pampas

Profª Adjunto, Universidade Federal do Pampa, UNIPAMPA, Uruguaiana, RS, Brasil.

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Publicado

2016-12-14

Como Citar

Ruppenthal, V., Zoz, T., Steiner, F., Lana, M. do C., & Castagnara, D. D. (2016). O silício não alivia os efeitos adversos do estresse hídrico em plantas de soja. Semina: Ciências Agrárias, 37(6), 3941–3954. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n6p3941

Edição

Seção

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