Produtividade e presença de micotoxinas em grãos de aveia, trigo e triticale submetidos ao pastejo
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n6p3749Palavras-chave:
Aflatoxinas, Cereais de duplo-propósito, Fumonisinas, Integração lavoura-pecuária, Produção de grãos, Zearalenona.Resumo
Objetivou-se avaliar os efeitos dos pastejos nas características agronômicas, produtividade de grãos e presença das micotoxinas: aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona em grãos de aveia IPR 126, trigo BRS Tarumã e triticale IPR 111. O trabalho foi desenvolvido no período de 24/04/2012 a 21/03/2014 (24º31’56,1’’S; 54º01’10.3”O). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema de faixas, com quatro repetições. Os tratamentos nas faixas A foram as três culturas e nas faixas B os manejo:sem pastejo, um pastejo e dois pastejos. O manejo com apenas um pastejo reduziu a produtividade de grãos da aveia em 42,48% e do triticale em 28,09% e aumentou a produtividade do trigo em 24,89%. O manejo com dois pastejos reduziu a produtividade da aveia em 54,14%, do trigo em 40,96% e do triticale em 54,69%. As culturas submetidas a dois pastejos devem ser diferidas para produção de matéria seca para cobertura do solo ou utilizar de forma parcial a planta no estágio de grãos pastosos ou semiduros para silagem, pois o pastejo prejudica as características agronômicas e produtividade. O trigo BRS Tarumã, quando utilizado em sistema de ILP deverá ser pastejado apenas uma vez com aumento de produtividade, enquanto a aveia IPR 126 e o triticale IPR 111 não devem ser pastejados em sistemas de integração lavoura pecuária para produção comercial de grãos. Grãos de aveia oriundos de plantas que foram submetidas a pastejo não devem ser adicionados em rações para aves na fase inicial e suínos na fase inicial e crescimento por possuírem maiores teores de aflatoxinas, fuminisinas e zearelenona. O pastejo das culturas de inverno aumenta o ciclo das culturas e a formação dos grãos ocorrerá em condições climáticas favoráveis à formação de micotoxinas. Por isso, quando o objetivo da produção de grãos de cereais de inverno é a alimentação humana, o pastejo não é recomendado, pois aumenta a possibilidade da presença de aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona em limites máximos toleráveis acima do permitido pela legislação para a alimentação humana, e o fornecimento aos animais deve ocorrer após análises que indiquem os teores de micotoxinas presentes nos grãos.Downloads
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