Uso de água residuária da suinocultura no cultivo de nabo forrageiro: aspectos agronômicos e ambientais
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n6p2931Keywords:
Reúso de água, Poluição difusa, Biomassa, Cultura energética.Abstract
O efluente oriundo da suinocultura tem sido aplicado no solo com o intuito de promover a ciclagem de nutrientes e como uma saída à disposição final desses efluentes, sem controle, em corpos hídricos. Entretanto, o reúso de efluentes nas mais diversas culturas preocupa com relação à possibilidade de gerar impactos ambientais e, consequentemente, à saúde da população. O nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) é uma cultura utilizada como adubo verde de inverno no plantio direto e pode ser usado para a produção de biodiesel, sendo exigente em nutrientes para o seu desenvolvimento. Desse modo, objetivou-se avaliar os efeitos ambientais e agronômicos da aplicação de água residuária da suinocultura no cultivo de nabo forrageiro. O experimento foi instalado em área de 0,162 ha e os tratamentos utilizados foram sem irrigação (sequeiro), irrigado e fertigado com água residuária da suinocultura (370 m3 ha-1 ciclo-1). Após cada chuva foram realizadas análises dos principais macro e micronutrientes no material escoado e percolado, provenientes de lisímetros de drenagem. O solo foi analisado quanto às possíveis alterações das características físicas e químicas e, no vegetal, avaliaram-se os índices agronômicos e nutricionais presentes na fitomassa seca em completo estágio de floração. A aplicação de água residuária da suinocultura (ARS) em uma taxa de 370 m3 ha-1 acarretou maior qualidade agronômica da cultura. Porém, em longo prazo, deve-se ter cuidado com o escoamento superficial de NO3-, P, K, Mn e sais totais e a percolação de a NO3-, Na e Cu. Além disso, a precipitação pluvial ocorrida um dia após a aplicação de ARS contribuiu para o aumento das concentrações de P, K, Na, Cu, Zn e Mn no material percolado.
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